Pop

Francisco Cuoco, galã da televisão brasileira, morre aos 91 anos

O ator, que foi um ícone da teledramaturgia nacional, estava internado em São Paulo e enfrentava complicações de saúde

Francisco Couco: ator estava internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, há 20 dias e enfrentava dificuldades de locomoção em meio a uma infecção nos rins. (@franciscocuocoreal/Reprodução/Instagram)

Francisco Couco: ator estava internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, há 20 dias e enfrentava dificuldades de locomoção em meio a uma infecção nos rins. (@franciscocuocoreal/Reprodução/Instagram)

Publicado em 19 de junho de 2025 às 18h10.

Última atualização em 19 de junho de 2025 às 18h28.

Francisco Cuoco, um dos maiores nomes da televisão brasileira, morreu nesta quinta-feira, 19, aos 91 anos, após complicações de saúde que o acompanharam nos últimos anos. O ator estava internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, há 20 dias e enfrentava dificuldades de locomoção em meio a uma infecção nos rins. Até o momento, a causa da morte não foi divulgada.

Cuoco nasceu em 1933 no bairro do Brás, em São Paulo, e começou sua carreira como feirante. Sua vida mudou ao ingressar na Escola de Arte Dramática e iniciar a trajetória profissional no teatro, em 1958. A partir de então, o ator se consolidou como um dos grandes galãs da televisão brasileira, sendo reconhecido por sua presença imponente e seu talento versátil. Em 1964, Cuoco estreou nas novelas, em Marcados Pelo Amor, na TV Record, e rapidamente se tornou um nome popular na telinha.

Ao longo de sua carreira, Cuoco interpretou personagens emblemáticos, como Carlão, o taxista de Pecado Capital (1975), e Herculano, o charlatão de O Astro (1977), ambas de Janete Clair. Ele também fez sucesso em Selva de Pedra (1972), novela de grande audiência da Globo. Sua parceria com Regina Duarte, com quem formou um dos casais mais memoráveis da teledramaturgia, começou em Legião dos Esquecidos (1968) e se consolidou com outros papéis marcantes na década de 1970. Além disso, sua relação com a autora Janete Clair, que o via como um de seus pupilos, foi fundamental para a formação de sua carreira.

Uma das cenas mais emblemáticas de sua trajetória aconteceu nos anos 1970, quando, após uma apresentação no Theatro Municipal de São Paulo, Cuoco foi cercado por uma multidão de fãs. A imagem de seu confronto com a massa, que o escoltava até o carro sob vigilância policial, foi registrada no programa Só o Amor Constrói (1973) e se tornou um símbolo de sua popularidade na época.

Além da TV, Cuoco também fez carreira no cinema e no teatro. Ele participou de filmes como Traição (1998) e Cafundó (2005), além de diversas produções teatrais como Três Homens Baixos (2004) e Uma Vida no Teatro (2013). Sua incursão no mundo da música também é lembrada, com o lançamento de discos como Solead (1975), de músicas românticas, e Paz Interior (2000), de orações católicas.

Cuoco deixa três filhos — Rodrigo, Diogo e Tatiana, que morava em Londres e esteve ao lado do pai nos últimos momentos, embora ele já estivesse sem consciência.

O legado de Francisco Cuoco na TV brasileira

Com uma carreira que atravessou gerações, Francisco Cuoco foi um dos grandes responsáveis pela popularização das novelas brasileiras e pela construção do estereótipo do galã na televisão nacional.

Sua habilidade em interpretar personagens complexos, do mocinho apaixonado ao vilão sedutor, o manteve no centro da dramaturgia durante várias décadas.

Cuoco foi uma referência tanto para os telespectadores quanto para outros artistas, sendo considerado um mestre por suas contribuições para a teledramaturgia e a arte no Brasil.

Seu falecimento representa a perda de um dos maiores ícones da história da televisão brasileira, mas seu nome permanecerá associado a uma época de ouro das novelas, quando a TV era a principal fonte de entretenimento no país.

Acompanhe tudo sobre:Atores e atrizesTelevisãoCinemaNovelas da Globo

Mais de Pop

Amigão, olha para cima: 'Superman' abre fim de semana com US$ 217 milhões em bilheteria

Na briga Marvel e DC, 'Superman' ganha bilheteria, mas espera batalha com 'Quarteto Fantástico'

Jean-Claude Bernardet, ícone da crítica de cinema e cineasta, morre aos 88 anos

Blackpink e BTS: o retorno do K-pop em 2025