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Faustão passa por transplante de coração neste domingo

Apresentador foi operado no Hospital Albert Einstein na tarde deste domingo, 27

 (Faustão na Band/Reprodução)

(Faustão na Band/Reprodução)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 27 de agosto de 2023 às 17h33.

Última atualização em 27 de agosto de 2023 às 18h20.

O apresentador Fausto Silva, de 73 anos, passou por cirurgia para transplante de coração na tarde deste domingo,27. Ele está internado desde o dia 5 de agosto no Hospital Israelita Albert Einstein, na capital paulista.

“O procedimento foi realizado com sucesso e Fausto Silva permanece na UTI, pois as próximas horas são importantes para acompanhamento da adaptação do órgão e controle de rejeição”, informa o boletim médico.

De acordo com o hospital, a Central de Transplantes do Estado de São Paulo comunicou a unidade na madrugada de hoje, quando “foi iniciada a avaliação de compatibilidade do órgão, levando em consideração o tipo sanguíneo B”.

O procedimento teve início nesta tarde e durou cerca de 2h30, informou o boletim médico assinado pelo cardiologista Fernando Bacal; pelo cirurgião cardiovascular Fábio Antônio Gaiotto; e pelo diretor médico e de Serviços Hospitalares do Hospital Israelita Albert Einstein, Miguel Cendoroglo Neto.

O apresentador deu entrada no hospital para tratar insuficiência cardíaca. No entanto, foi revelado no domingo, 20, que o quadro de saúde do apresentador piorou e que ele precisava com urgentemente de um transplante de coração.

Como funciona o transplante?

Segundo o Ministério da Saúde, o transplante é um procedimento cirúrgico que consiste na reposição de um órgão (coração, pulmão, rim, pâncreas, fígado) ou tecido (medula óssea, ossos, córneas) de uma pessoa doente (receptor), por outro órgão ou tecido normal de um doador vivo ou morto.

A legislação em vigor afirma que qualquer pessoa saudável maior de 18 anos pode ser uma doadora de órgãos. No entanto, o candidato deve ser parente do receptor em até quarto grau e possuir compatibilidade sanguínea. Se o doador não for um parente relacionado é necessária autorização judicial prévia. Além do parecer de um médico, a decisão final também depende da vontade da família do paciente.

O processo conta com o suporte do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), sob o controle do Ministério da Saúde, que é responsável pela regulamentação, controle e monitoramento do processo de doação e transplantes.

Durante a avaliação de um possível doador, o médico responsável pelo procedimento deverá avaliar a história clínica da pessoa e as doenças prévias. Outro fator primordial nesta ação é a compatibilidade sanguínea. Há também testes especiais que ajudam na seleção do doador que apresenta maior chance de sucesso.

Por questões éticas, não é possível que a família do doador saiba para quem o órgão foi doado. Tanto o paciente transplantado como o doador devem permanecer no anonimato.

Órgão ou tecidos que podem ser obtidos

Os pacientes necessitados de um novo órgão podem adquirir de um doador vivo: um dos rins, parte do fígado, parte da medula e parte dos pulmões.

Por outro lado, de um doador não vivo, podem ser transplantados: órgãos como rins, coração, pulmão, pâncreas, fígado e intestino. Além de tecidos como córneas, válvulas, ossos, músculos, tendões, pele, veias e artérias, informou o Ministério da Saúde.

Cirurgia

O doador é encaminhado à sala de cirurgia, sendo realizada a assepsia e outros preparos iniciais. Em seguida, são realizados os procedimentos para a retirada dos órgãos doados, que consistem métodos semelhantes aos de qualquer operação.

Apesar do altruísmo, muitos doadores têm dúvidas se terão problemas de saúde após a cirurgia. Para evitar qualquer adversidade futura, são feitas avaliações pré-operatórias no candidato. Ele também é submetido a outras avaliações clínicas e cirúrgicas, para que o transplante de intervivos ocorra da maneira mais segura possível.

No entanto, o doador deve levar em conta que todo o procedimento cirúrgico tem risco de complicações graves, mesmo que seja um risco pequeno.

Como é feita a transferência de um coração?

O coração é o principal órgão do sistema cardiovascular, que funciona como uma câmara que ajuda a impulsionar sangue para todo o corpo, de 60 a 100 vezes por minuto, para que os demais órgãos possam realizar suas funções vitais.

Por outro lado, quando o coração apresenta diminuição ou perda da função de bombear sangue, o órgão entra em quadro de insuficiência cardíaca. Uma condição que pode gerar doenças valvares e cardiomiopatias.

De qualquer modo, os médicos normalmente recomendam o transplante do coração quando o paciente não responde mais aos remédios e o órgão perde gradualmente suas funções.

Antes da operação, o paciente permanece em um período de espera para receber medicações. Mas, outros podem ficar internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

No momento da cirurgia, uma equipe de médicos atua na retirada do órgão deficiente, enquanto outro grupo fica responsável por transplantar a estrutura saudável. Depois que a transferência é realizada, o paciente é encaminhado para a UTI, onde recebe tratamentos até o quadro de saúde se estabilizar. Mesmo assim, as complicações de um transplante de coração são as mesmas de qualquer órgão, como rejeição e infecção.

Em que pé está a fila de transplantes de coração no Brasil

Dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (Abto), divulgados em março deste ano, apontam que existem 310 adultos e 59 crianças na fila de espera por um coração no país.

A fila é comum, não importa se o paciente ingressou nela por convênio médico ou pelo SUS, e cada estado tem a sua. A lista geralmente é enviada ao Sistema Nacional de Transplantes, para ajudar na distribuição e seleção.

De acordo com a Abto, a média de espera por um coração no Brasil é de 2 meses para casos de maior gravidade e 18 meses quando o estado de saúde do paciente é estável.

Faustão pode passar na frente?

Fausto Silva está internado há mais de duas semanas após o agravamento de insuficiência cardíaca. Como o problema não pôde ser resolvido por outros métodos, a solução apresentada pelos médicos foi o transplante de coração, informou o boletim médico do Hospital Albert Einstein.

Apesar de o apresentador ter sido incluído na fila de espera pelo órgão, existem alguns critérios que podem torná-lo prioridade no recebimento do novo coração.

Um fator bastante levado em conta pelos médicos é o nível de gravidade do problema, que aumenta os riscos de morte do paciente e por isso ele não pode esperar muito tempo. Mesmo que a idade não seja relevante nesta equação, a priorização também pode ser determinada pela dependência do paciente de medicamentos que ajudam o coração a bombear sangue.

O tempo para o transplante pode ser determinado pelo tipo sanguíneo do doente e a compatibilidade entre ele e o doador. Se o paciente enfrentar dificuldades para encontrar um coração com tamanho e tipo sanguíneo adequados, o caso ganha um novo patamar para os médicos.

Como a fila de espera por um coração é alta em São Paulo — cerca de 40 mil pessoas, segundo o governo do Estado, o apresentador pode considerar a possibilidade de buscar o transplante fora do país. Contudo, esse processo vai não apenas custar caro para o apresentador como também o enfrentamento de uma lista de espera por um novo coração.Nos EUA, onde Faustão tem residência, a demora dura, em média, cinco meses a menos que o Brasil, indicam estatísticas da Sociedade de Transplante de Órgãos (SRTR) do país.

Por fim, outro elemento que impacta diretamente a probabilidade de sobrevivência é a distância entre o paciente e o coração compatível. O processo de recebimento e transplantação de um orgão deve ser rápido, por isso não é considerado viável que a estrutura saudável venha de um extremo do país ou do exterior. O paciente não pode esperar por um coração que esteja muito distante, isso influencia na sua posição na fila de espera.

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