Em 27 de agosto, o apresentador passou por cirurgia para transplante de coração para tratar o quadro de insuficiência cardíaca (Instagram/Reprodução)
Redação Exame
Publicado em 27 de fevereiro de 2024 às 10h06.
Última atualização em 27 de fevereiro de 2024 às 14h16.
Sete meses após passar por transplante de coração com urgência, o apresentador Fausto Silva (Faustão), retorna ao Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, nesta segunda-feira, 26. Desta vez, ele passará por transplante de rim.
A informação foi confirmada pela EXAME, que entrou em contato com a assessoria pessoal do apresentador. Veja a seguir a íntegra do boletim médico divulgado pelo hospital:
"O paciente Fausto Silva deu entrada no Hospital Israelita Albert Einstein no dia 25 de fevereiro para preparação para um transplante de rim, em função do agravamento de uma doença renal crônica, após o Einstein ter sido acionado pela Central de Transplantes do Estado de São Paulo e realizado a avaliação sobre a compatibilidade do órgão doado.
A cirurgia aconteceu, sem intercorrências, na manhã de ontem (26). O paciente seguirá em observação para acompanhamento da adaptação do órgão e controle clínico".
Segundo a "Folha de S.Paulo", um amigo da família contou que, desde setembro do ano passado, Faustão vinha fazendo hemodiálises (procedimento que se assemelha à função dos rins) três vezes por semana, para ajudar a dar força ao coração no bombeamento do sangue. Os órgãos ficaram prejudicados por causa do problema de insuficiência cardíaca — que fez com que ele necessitasse de um transplante de coração.
Faustão deu entrada na unidade de saúde em 5 de agosto de 2023 para tratamento de compensação clínica de insuficiência cardíaca, mas a hospitalização foi mantida em segredo ao longo da semana. À época, a informação sobre o estado de saúde dele foi confirmada pela esposa, Luciana Cardoso.
Em 27 de agosto, o apresentador passou por cirurgia para transplante de coração para tratar o quadro. Ele ficou internado no Hospital Israelita Albert Einstein, na capital paulista, e teve uma recuperação delicada.
"Tive alguns probleminhas depois, nada com a cirurgia. Duas vezes para entrar no carro. O que você faz para entrar no carro? Você entra primeiro o corpo e depois as pernas. O imbecil aqui já começou a achar que estava bem, pôs uma perna e jogou todo [o peso] na outra. A outra deu uma falhada e fui parar no chão", comentou no podcast."Tá certo que do carro para o chão são 40 centímetros. Duas vezes isso. Aí tem uma fratura na costela, essas coisinhas que atrapalharam na reabilitação com a fisioterapia. Coração não dá problema. Não tive rejeição alguma", completou ele.
O apresentador foi incluído na fila de transplantes do Sistema Único de Saúde (SUS) após o agravamento de um quadro de insuficiência cardíaca, que ele apresentava desde 2020.
O procedimento do dia 27 de agosto durou cerca de 2h30, informou o boletim médico assinado pelo cardiologista Fernando Bacal; pelo cirurgião cardiovascular Fábio Antônio Gaiotto; e pelo diretor médico e de Serviços Hospitalares do Hospital Israelita Albert Einstein, Miguel Cendoroglo Neto.
O coração é o principal órgão do sistema cardiovascular, que funciona como uma câmara que ajuda a impulsionar sangue para todo o corpo, de 60 a 100 vezes por minuto, para que os demais órgãos possam realizar suas funções vitais.
Por outro lado, quando o coração apresenta diminuição ou perda da função de bombear sangue, o órgão entra em quadro de insuficiência cardíaca. Uma condição que pode gerar doenças valvares e cardiomiopatias.
De qualquer modo, os médicos normalmente recomendam o transplante do coração quando o paciente não responde mais aos remédios e o órgão perde gradualmente suas funções.
Antes da operação, o paciente permanece em um período de espera para receber medicações. Mas, outros podem ficar internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
No momento da cirurgia, uma equipe de médicos atua na retirada do órgão deficiente, enquanto outro grupo fica responsável por transplantar a estrutura saudável. Depois que a transferência é realizada, o paciente é encaminhado para a UTI, onde recebe tratamentos até o quadro de saúde se estabilizar. Mesmo assim, as complicações de um transplante de coração são as mesmas de qualquer órgão, como rejeição e infecção.