Hour One: a técnica utilizada pela startup é conhecida como deepfake (dowell/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 31 de agosto de 2021 às 12h10.
Última atualização em 31 de agosto de 2021 às 12h29.
Já pensou em vender a imagem de seu rosto para alguma empresa? Para pessoas que não estão preocupadas com as potenciais implicações deste ato, uma startup israelense está em busca de expandir sua biblioteca de rostos.
A Hour One é uma startup localizada em Tel-Aviv que usa imagens de pessoas reais para criar personagens gerados por inteligencia artificial para utilizar em vídeos educacionais e comerciais, de acordo com a revista MIT Technology Review.
Atualmente, a empresa, que se apresenta como startup de inteligência artificial, possui uma biblioteca com cerca de 100 rostos e está procurando expandir sua lista. “Temos uma fila de pessoas morrendo de vontade de se tornar esses personagens”, disse Natalie Monbiot, chefe de estratégia da Hour One.
A técnica utilizada pela startup é conhecida como deepfake. A tecnologia utiliza inteligência artificial para inserir rostos reais em cenas falsas com o objetivo de criar um vídeo com pessoas realizando ações que não aconteceram de verdade.
Para quem ficou interessado em vender a imagem do próprio rosto para a startup, basta preencher um formulário disponível no site da empresa, com o nome, endereço de e-mail e perfil no Instagram. A empresa não divulga quanto paga pela concessão.
Segundo a Technology Review, a Hour One está procurando personagens que representem diversas idades, gêneros, raças e etnias. Após aceitar o candidato, a empresa filma – com uma câmara de alta resolução – o rosto da pessoa falando e fazendo diversas expressões faciais.
Em seguida, as gravações são processadas por meio de seu software de IA e pronto. Outros empresas poderão comprar a imagem para dizer (e vender) o que quiserem. Atualmente, a Hour One cria vozes geradas por inteligência artificial para acompanhar o vídeo. A startup também oferece uma opção mais cara, onde dubladores profissionais lerão seu roteiro.
A startup informa que tem políticas éticas sobre o uso dos rostos e promete proteger seus ativos com a máxima segurança. Além disso, garante que rotulará todos os vídeos criados com uma marca d'água dizendo que é gerado por IA.