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Essa é a mulher mais poderosa do mundo em 2021, segundo ranking

MacKenzie Scott, autora, ativista e filantropa americana, foi escolhida como a primeira das 100 Mulheres Mais Poderosas do Mundo, ranking feito anualmente pela Forbes

A autora e ativista foi escolhida pela Forbes em 2021 (Jörg Carstensen/Getty Images)

A autora e ativista foi escolhida pela Forbes em 2021 (Jörg Carstensen/Getty Images)

KS

Karina Souza

Publicado em 11 de dezembro de 2021 às 10h35.

Quem é a mulher mais poderosa do mundo? A pergunta é, no mínimo, complexa. Mas, não fica sem resposta há pelo menos 18 anos. Esse é o tempo em que edições do ranking "The World's most powerful women" são publicados pela revista Forbes e, em 2021 não poderia ser diferente. Depois de analisar diferentes critérios, a publicação incluiu na lista deste ano 40 CEOs, 19 líderes mundiais, uma imunologista e, pela primeira vez em mais de uma década, um novo nome ocupa o topo da lista.

A edição deste ano marca a terceira vez -- em 18 anos, não custa lembrar -- que Angela Merkel não é a primeira colocada no ranking. A ex-chanceler alemã só não havia ocupado o número 1, até então, em 2004, ano em que Condoleezza Rice, secretária de estado dos EUA, foi a campeã; e em 2010, quando Michelle Obama ficou no topo. Em 2021, a situação se repete, mas não é uma pessoa ligada à política quem ocupa o cargo. A número um é MacKenzie Scott, autora, ativista e filantropa americana, apontada pela revista TIME uma das 100 pessoas mais influentes do mundo em 2020.

Com um patrimônio líquido de 59,2 bilhões de dólares, MacKenzie ajudou Jeff Bezos (seu marido, à época) a fundar a Amazon, participando do operacional enquanto ele cuidava da parte estratégica. Com o divórcio em 2019, ela recebeu pelo menos US$ 38 bilhões de dólares, sendo a 22ª pessoa mais rica do mundo naquele ano. Um ano depois, ela assinou a Giving Pledge, em que se compromete a doar metade da fortuna para a caridade. Desde então, MacKenzie se tornou extremamente comprometida com a doação de grande parte do dinheiro ainda em vida. E esse foi um dos principais fatores analisados pela publicação para escolhê-la.

Em postagens periódicas no Medium, Scott revelou, ao menos no último ano, que a pandemia acelerou os planos de doação para caridade e que ela se reuniu com consultores para identificar os locais mais necessitados de dinheiro, especialmente com foco em educação. Só nos últimos quatro meses do ano passado, a bilionária doou US$ 4,1 bilhões para mais de 300 organizações filantrópicas dos Estados Unidos. Em 2019 inteiro, o valor doado foi de US$ 1,7 bilhão.

"Colocar grandes doadores no centro das histórias sobre progresso social é uma distorção de seu papel”, escreveu a bilionária em um post em junho. “Somos guiados por uma crença humilde de que seria melhor se a riqueza desproporcional não estivesse concentrada em um pequeno número de mãos e que as soluções são mais bem projetadas e implementadas por outras pessoas.”

Além do comprometimento com as doações, MacKenzie Scott também é uma das únicas mulheres no mundo que não "deve satisfações" a nenhum chefe, aponta a Forbes. Para tornar o exemplo mais claro: Kamala Harris, vice-presidente dos EUA, ainda tem de responder a Joe Biden; Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu, tem de responder a um conselho. E até mesmo Melinda Gates tem de lidar com o ex-marido dentro da Gates Foundation.

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