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Dorinha Duval, a primeira Cuca do 'Sítio do Picapau Amarelo', morre aos 96 anos

Morte da artista foi comunicada nas redes sociais pela sua única filha, a também atriz Carla Daniel

Dorinha Duval: atriz interpretou a primeira Cuca de "Sítio do Picapau Amarelo" (TV Globo/Reprodução)

Dorinha Duval: atriz interpretou a primeira Cuca de "Sítio do Picapau Amarelo" (TV Globo/Reprodução)

Mateus Omena
Mateus Omena

Repórter

Publicado em 21 de maio de 2025 às 13h21.

Última atualização em 21 de maio de 2025 às 13h46.

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Morreu nesta quarta-feira, 21, aos 96 anos, a atriz Dorinha Duval, conhecida por interpretar a primeira Cuca do Sítio do Picapau Amarelo na TV Globo, em 1977.

Além de atriz, ela teve carreira como vedete, cantora e apresentadora. Dorinha estava afastada da mídia desde 1980, quando matou a tiros o então marido, Paulo Sérgio Garcia de Alcântara, durante uma discussão.

A morte da artista foi comunicada nas redes sociais pela sua única filha, a também atriz Carla Daniel, fruto da relação de Dorinha com o diretor Daniel Filho.

Em uma postagem no Instagram, Carla se despediu da mãe: "É com tristeza mas alívio que nos despedimos. Mãe, avó, amiga e que nos trouxe bons momentos de alegria para o público brasileiro. Te amo", acompanhando a mensagem com uma foto da mãe e as datas de nascimento e falecimento — Dorinha completou 96 anos em janeiro.

Entre seus trabalhos mais marcantes na televisão, está o papel de Dulcinéia, uma das irmãs da família Cajazeira em O Bem Amado (1973). Dorinha também participou de novelas como Irmãos Coragem (1970), Minha Doce Namorada (1971) e Selva de Pedra (1972). Sua última aparição na TV foi em 2006, na novela Belíssima, durante uma homenagem do autor Silvio de Abreu às vedetes.

Nos anos finais de sua vida, Dorinha Duval dedicou-se à arte plástica.

Prisão por assassinato

A trajetória de Dorinha Duval na TV Globo começou em 1969, com a novela Verão Vermelho, mas sua carreira foi interrompida por um episódio trágico. Na madrugada do dia 5 de outubro de 1980, a atriz disparou três tiros contra seu então marido, Paulo Sérgio Garcia de Alcântara, com quem estava casada há seis anos. Apesar de socorrido, Paulo Sérgio não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

Durante o processo, Dorinha alegou legítima defesa, relatando que sofria constantes humilhações, ameaças e agressões por parte do publicitário, que era 16 anos mais jovem que ela. Segundo seu depoimento, Paulo Sérgio a insultava chamando-a de "velha, feia e gorda" e ainda flertava com outras mulheres na sua presença.

Depois de ter o primeiro julgamento anulado, Dorinha Duval passou por um novo júri popular, no qual foi condenada a seis anos de prisão. A atriz cumpriu nove meses em regime semiaberto antes de recuperar a liberdade.

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