Tom Brady e Gisele Bündchen: ex-casal é processado por apoio a empresa de criptomoedas FTX (John Shearer/Getty Images)
Laura Pancini
Publicado em 17 de novembro de 2022 às 18h51.
Os últimos meses não têm sido bons para Gisele Bündchen e Tom Brady. Além do divórcio, agora o ex-casal terá de responder judicialmente pelo endossamento de uma empresa de criptomoedas falida.
A FTX, do jovem bilionário Sam Bankman-Fried, era a segunda maior corretora de cripto do setor até falir repentinamente na última semana.
Acusada de ser um "esquema de pirâmide" pelo advogado envolvido no caso, a empresa enfrenta processo movido em nome de um cliente da FTX, Edwin Garrison. Gisele Bündchen, Tom Brady e o atleta Stephen Curry também são citados no documento.
“A FTX era gênio em relações públicas e marketing e sabia que teria sucesso com a publicidade das celebridades mais famosas, respeitadas e amadas do mundo”, escreveu o advogado Adam Moskowitz ao CNN Business, citando também o envolvimento de influenciadores.
Bündchen, Brady e Curry não responderam ao pedido de comentário da americana CNN Business no momento de publicação desta matéria.
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Tudo começou quando veio à público o balanço da Alameda Research, empresa do grupo. Cerca de 30% de suas reservas eram de FTT, token emitido pela própria FTX. A informação gerou temor em investidores, causando pressão vendedora no FTT e uma onda de saques na corretora, que logo precisou congelá-los.
A falência da FTX já era algo muito esperado por investidores e especialistas, principalmente depois da Binance, maior concorrente, ter desistido da aquisição da corretora. Segundo o próprio CEO da FTX, Sam Bankman-Fried, seriam necessários US$ 8 bilhões em empréstimos para resolver a situação.
Recentemente, SBF, como o empresário é chamado, se envolveu em uma das maiores crises que o mercado cripto já presenciou, se juntando aos fracassos de outros nomes famosos da indústria em 2022, como o criador do blockchain Terra, Do Kwon, e os fundadores da Three Arrows Capital (3AC), Kyle Davies and Su Zhu.
Ainda que tenha anunciado na última quinta-feira, 10, uma tentativa de recuperação em parceria com o blockchain Tron, o depósito de aproximadamente US$ 13 milhões e a promessa de novas remessas semanais aparentemente não foi o suficiente.
Sam Bankman-Fried perdeu 94% de sua fortuna em apenas um dia com o colapso e renunciou ao cargo de CEO.
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Já o Grupo FTX deu entrada ao processo de falência de Capítulo 11. O arquivamento inclui mais de 130 empresas, incluindo a FTX Trading, a FTX US e a Alameda Research.
Os processos de falência do Capítulo 11 nos Estados Unidos são solicitados quando a empresa espera poder reestruturar suas operações. As empresas que declaram falência pelo capítulo 11 podem continuar suas operações do dia a dia.
“O alívio imediato do Capítulo 11é apropriado para promover a oportunidade do Grupo FTX de resolver a situação e desenvolver um processo para maximizar a recuperação de perdas de seus stakeholders. Gostaríamos de destacar que cada funcionário, cliente, credor, acionista, investidor, autoridade governamental ou qualquer outro stakeholder que vamos conduzir o processo com diligência, rigor e transparência”, diz o documento.
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