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Repórter de POP
Publicado em 7 de abril de 2023 às 14h00.
O Dia do Jornalista é comemorado anualmente no dia 7 de abril. A data ressalta o trabalho dos profissionais de imprensa e foi criada em 1931, uma decisão da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), para homenagear o médico e jornalista Giovanni Battista Líbero Badaró, que foi morto por inimigos políticos em 1830.
De lá para cá, uma série de profissionais marcaram a história do jornalismo com momentos históricos. De diferentes veículos e emissoras, os repórteres noticiaram e noticiam grandes acontecimentos — e inspiraram outros profissionais.
Boa parte das grandes líderes do mercado têm seus profissionais de imprensa favoritos.
Eu tenho duas paixões e o primeiro é o investigativo com foco na realidade. Não tem como não citar Caco Barcellos e eu fui muito influenciada lá atrás por ele. Trabalhei mais de um ano na penitenciária de Florianópolis, na feminina e masculina, e esse foi meu primeiro trabalho dentro do jornalismo e tem muito a ver comigo. Essa escolha foi influenciada por ele, já que tem muita relação com os livros dele. Além disso, dentro do jornalismo de moda eu também me inspiro muito na Erika Palomino, que foi a responsável por construir boa parte do jornalismo que a gente conhece hoje. Esses dois exemplos marcaram minha história e quando eu olho pra trás tenho certeza que fizeram história em suas áreas.
Sempre fui apaixonada por escrita, redação e leitura. Sabia que queria atuar na área, mas ainda não sabia exatamente qual curso. Ao ver a grade de Jornalismo me apaixonei e me empolguei no ato, porque é uma grade muito ampla onde você aprende sobre economia, filosofia, marketing, jornalismo científico, história, criatividade, teatro, tv, fotografia, rádio, diagramação e mais, muito mais. Eu sabia que a faculdade de jornalismo seria uma escolha que me traria um vasto conhecimento em diversas áreas. E assim foi! Uso os conhecimentos que adquiri em jornalismo em tudo, do meu marketing às minhas finanças, ele está presente diariamente na minha vida e sou muito grata por essa assertiva escolha. Os jornalistas que a inspiraram são Fátima Bernardes, Glória Maria e Victoria Ceridono.
A comunicação sempre esteve na minha vida, esse foi um dos motivos para criar a Index. Neste caminho, sempre tive pessoas que me inspiraram profissionalmente pelo potencial de realização e por sempre se manterem inovadoras e se movimentando, mesmo nos momentos mais complicados que possam aparecer pelo caminho. Mas quando eu penso em jornalistas que me inspiram, sempre vem duas pessoas grandiosas, sendo a Glória Maria, que sempre será a minha maior inspiração. Ela foi uma pessoa brilhante e uma jornalista incrível que abriu caminhos para diversas pessoas, a Glória fez história. E o Nizan Guanaes, que com a sua mente brilhante e sua brasilidade única, sempre reinventa tudo que o cerca.
A mulher que foi responsável pela maior reviravolta na minha carreira se chama Patricia Carta. Em 2005, depois de dez anos – primeiro trabalhando como repórter da Folha de S. Paulo em Brasília e depois dirigindo as revistas TRIP e TPM -, Patricia me chamou para dirigir a Vogue. Para mim a possibilidade era tão surreal que só no terceiro encontro entendi que ela estava me fazendo uma proposta. Eu não era da moda, estava mais acostumada a cobrir CPI no Congresso do que desfiles do SPFW. Patricia queria uma jornalista com senso de hard news para que a Vogue fosse mais relevante, oferecendo também serviços e abordando discussões contemporâneas. Patricia me acolheu, apoiou, me ensinou quase tudo que sei de moda ao lado de Giovanni Frasson e Costanza Pascolato, que foram meus “professores”. Na época que me contratou, ela havia perdido o irmão, Andrea Carta, que dirigia a editora da família. E Patricia teve de assumir o posto e ainda fazer toda essa transformação na Vogue. Pra mim ela é uma fortaleza. E mudou a minha vida, permitindo que eu acompanhasse – e participasse – das maiores transformações pelas quais a moda brasileira, e mundial, passaram.
Tenho duas grandes inspirações, uma delas é a Sônia Bridi – jornalista, escritora e repórter da Globo há mais de 30 anos, onde faz matérias especiais, principalmente para o Fantástico –, ela consegue conquistar a atenção do telespectador, usando a inteligência da narrativa de uma forma muito interessante que te envolve em todo o contexto trazido na matéria. Na época em que eu trabalhava na TV, me inspirava muito nas narrativas dela, na maneira como ela construía os textos e prezava muito pelas grandes histórias dos personagens, sem sensacionalismo – o que era algo muito comum no jornalismo.
A segunda pessoa que sempre me inspirou muito pela sua eloquência e verdade e que, inclusive, sofri muito com a sua partida é o Ricardo Boechat. Ele era um jornalista que conseguia noticiar com clareza e extrema racionalidade, sem precisar necessariamente ser isento em relação aquilo que estava acontecendo. Ricardo era muito crítico com temas relacionados à política e conseguia com esse olhar do alto ser justo. Ao mesmo tempo que precisava ser isento, também era crítico e não tinha medo de expor a sua opinião, ainda que isso pudesse colocá-lo num lugar bem difícil em relação aos políticos, ao mercado e à opinião pública. Essas foram as minhas duas grandes inspirações para eu cursar jornalismo, a Sônia pela sua capacidade narrativa e o Boechat pela sua espontaneidade e autenticidade.