Pop

Dez anos longe da TV, Manoel Carlos, o criador da 'dona Helena', quer voltar com projeto inédito

A última novela de Maneco terminou há exatos 10 anos. À EXAME, a filha do autor fala sobre os projetos que pretende lançar com e sobre o pai

 (Reprodução/Globo)

(Reprodução/Globo)

Publicado em 18 de julho de 2024 às 11h16.

Última atualização em 18 de julho de 2024 às 17h59.

Há exatos 10 anos ia ao ar o último capítulo de 'Em Família', novela que marcaria a grande despedida de Manoel Carlos do mundo da teledramaturgia. O autor, famoso por ter popularizado o estilo 'dona Helena' de ser, foi responsável por mais de 15 novelas. Entre as mais famosas, estão 'Por Amor', 'Laços de Família' e 'Mulheres Apaixonadas', da Globo.

Além das Helenas, personagens como Zilda, Paulinha, Dóris e Marcos entraram para a cultura brasileira. Mesmo mais de 30 anos depois de suas primeiras novelas, as cenas dos folhetins ficaram estampadas na memória dos brasileiros, que transformaram diversas cenas icônicas em memes inesquecíveis. Não é exagero dizer que foi Manoel Carlos, ou Maneco, como também é conhecido, o responsável por trazer um clima diferente à zona sul do Rio de Janeiro, sobretudo ao bairro do Leblon.

Hoje com 91 anos, Manoel Carlos foi diagnosticado com Parkinson e se aposentou da teledramaturgia. E a filha de Maneco, a atriz Júlia Almeida, tem agora a missão de preservar seu legado. Ela assumiu a gestão produtora Boa Palavra, criada em 2005 para perpetuar o legado do escritor, e tem organizado mais de sete mil caixas com sinopses inéditas e livros.

À EXAME, Júlia disse que o diagnóstico de Maneco foi recente e que ele está bem. "Continua ouvindo muita música clássica e jazz, não abre mão do banho de sol, durante a leitura do jornal. Aposentado, fica mais em casa, com minha mãe, que também se aposentou da Boa Palavra, produtora que tocou junto com meu pai por décadas", disse. Segundo a filha do escritor, ele assiste às reprises das novelas que escreveu e aos telejornais. "E segue com o humor afiado", acrescenta.

Apesar de saber bem do impacto de suas tramas até hoje, Manoel Carlos diz não se "encaixar no mundo digital". Por isso, memes e repercussões de suas tramas nas redes sociais não chegam ao escritor.

Sobre o legado de Maneco, é justamente por ele que Júlia está à frente da Boa Palavra. Ela afirma que seu pai foi pioneiro ao abordar em sua obra diversos temas de extrema importância para a sociedade, entendendo como poucos a força da televisão e seu papel de influenciadora de opinião, muito antes do boom das mídias digitais.

A produtora Boa Palavra foi criada em 2005 para administrar a obra de Manoel Carlos e, desde então, foi comandada por ele e por sua esposa, Elisabety. "No ano passado, recebi deles a incumbência de assumir a produtora e de cuidar para que o trabalho deles, que inclui todas as obras criadas por meu pai, fosse preservada e pudesse chegar às novas gerações. Encaro o desafio com muito amor e responsabilidade", afirma.

Perguntada sobre novidades que poderíamos esperar, a atriz afirmou que estão produzindo a primeira sequência de webseries documentais. A primeira será chamada "O Leblon de Manoel Carlos". Ela estreará no início de setembro e mostrará a relação de amor que Manoel Carlos estabeleceu na vida real e na ficção com o Leblon, bairro em que veio morar faz mais de 30 anos, e, como seus trabalhos influenciaram no crescimento e valorização do bairro.

Acompanhe tudo sobre:Novelas da GloboNovelasGlobo

Mais de Pop

Quem é o magnata das criptos que pagou R$ 36 milhões por uma banana

Onde assistir 'Alien: Romulus'? Filme chega ao streaming nesta quinta

Um Mickey para cada um: os planos da Disney para expandir o varejo no Brasil

Quando cai a Páscoa em 2025? Veja data e saiba se é feriado ou ponto facultativo