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Derretimento total do gelo da Antártida já tem data, dizem cientistas; entenda

Estudo confirmou que a perda de gelo deverá aumentar gradualmente ao longo do século

Mateus Omena
Mateus Omena

Repórter da Home

Publicado em 23 de setembro de 2024 às 14h07.

Última atualização em 23 de setembro de 2024 às 14h11.

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Um estudo realizado pela Universidade de Dartmouth, nos Estados Unidos, afirma que toda a camada de gelo da Antártida poderá derreter até o ano de 2300.

A pesquisa, que contou com a colaboração de mais de 50 cientistas, fez uma projeção sobre o derretimento das geleiras. Os pesquisadores apontaram que a taxa de derretimento a partir de 2100 é "incerta". Os resultados indicam que as emissões de carbono podem levar a uma perda significativa de gelo na Antártida nos próximos três séculos.

De acordo com o estudo, publicado na revista Earth’s Future, os pesquisadores observaram que os modelos atuais sobre o manto de gelo da região apresentam incertezas em relação ao futuro das geleiras antárticas após 2100. O estudo utilizou dados de 16 modelos diferentes e confirmou que a perda de gelo deverá aumentar gradualmente ao longo do século.

Outro dado aponta que, mesmo que as emissões de carbono permaneçam constantes, sem novos aumentos, o derretimento continuará.

A pesquisa também sugere que, após 2100, mudanças drásticas ocorrerão, com o recuo acelerado do gelo em várias bacias da Antártida Ocidental. A previsão é que até 2200, esse derretimento contribua para uma elevação de 1,6 metro nos níveis globais do mar.

Já a revista científica Space Daily destaca que "em algumas simulações, a camada de gelo da Antártida pode enfrentar um colapso quase total até 2300".

Helene Seroussi, chefe do estudo e professora associada na Escola de Engenharia Thayer de Dartmouth, explicou: “Quando formuladores de políticas e interessados debatem sobre o aumento do nível do mar, o foco geralmente está no que pode acontecer até 2100, e poucos estudos consideram o período posterior”.

“Essas descobertas mostram que, após 2100, os efeitos de longo prazo nas regiões mais suscetíveis à elevação do nível do mar se tornam muito mais evidentes”.

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