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Contato com aliens pode demorar até 400 mil anos, diz estudo

Dois cenários sobre quando deve ser o nosso primeiro encontro com ETs foram propostos em artigo

Alienígena: Nasa acredita que imagem pode ajudar com contato inicial entre ETs e humanos (Thinkstock/Thinkstock)

Alienígena: Nasa acredita que imagem pode ajudar com contato inicial entre ETs e humanos (Thinkstock/Thinkstock)

LP

Laura Pancini

Publicado em 7 de maio de 2022 às 09h00.

O Paradoxo de Fermi quer entender por que não conseguimos ter contato com alienígenas, se existem tantas galáxias, estrelas e planetas por aí? Um novo artigo tenta responder parte deste enigma.

Os pesquisadores Wenjie Song e He Gao do Departamento de Astronomia da Universidade Normal de Pequim estimaram quanto tempo falta para que humanos recebam notícias de outra civilização. Eles concluíram, no cenário mais pessimista, que isso pode demorar 400.000 anos.

A comunicação de civilizações inteligentes extraterrestres (CETIs), quantas existem por aí e quais as chances de comunicação? São estes os temas por trás do estudo da dupla, publicado no jornal científico The Astrophysical Journal.

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Outros artigos já tentaram chegar a uma conclusão. Um publicado em 2020, por exemplo, concluiu que devem existir 36 CETIs na Via Láctea. Algo bem diferente da estimativa de Song e Gao, mas isso não quer dizer que nenhum deles está errado.

"Só podemos aprender a partir de um único ponto de dados conhecido (nós mesmos)...", escrevem os autores, que apontam que é difícil "estudar algo que nem temos certeza de que existe". "Mas isso não nos impede", disseram.

Como foi feito o estudo?

Os estudos usam como base a Equação de Drake, que não tem qualquer relação com o cantor de "Hotline Bling". Ela tenta estimar quantas civilizações alienígenas, ou CETIs, existem na galáxia.

Vale ressaltar que a equação é mais um experimento do que um cálculo real, já que não temos como cientificamente falar sobre algo que não conhecemos ainda. Como os únicos por aqui são os próprios humanos, não há qualquer outro ponto de referência.

Com a equação em mãos, a dupla lidou com dois parâmetros: (1) quantos planetas são habitáveis e a frequência na qual a vida evolui neles; (2) em qual estágio de evolução de uma estrela hospedeira nasceria um CETI.

Cada um virou uma variável nos cálculos da equipe, que executou uma série de simulações usando valores diferentes.

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Qual a conclusão do estudo?

Song e Gao chegaram a dois cenários: uma perspectiva otimista e outra pessimista.

Na visão otimista, existem 42.000 CETIs pela Via Láctea e precisaríamos sobreviver por mais 2.000 anos para estabelecer comunicação com algum deles.

No cenário pessimista, existem apenas 111 CETIs na Via Láctea e seria necessário sobreviver 400.000 anos para ter contato.

Os autores escrevem que existem muitas variáveis, como problemas populacionais, aniquilação nuclear e mudanças climáticas repentinas, e é possível que humanos nunca entrem em contato com CETIs.

“Se o argumento do Juízo Final estiver correto, em alguns cenários pessimistas, os humanos podem não receber nenhum sinal de outros CETIs antes da extinção”, escreveram.

“É bastante incerto qual proporção de planetas terrestres pode dar origem à vida, e o processo de vida para um CETI evoluir e ser capaz de enviar sinais detectáveis ​​para o espaço é altamente imprevisível.”

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