'Ainda Estou Aqui': filme sobe em bilheteria após estreia nos EUA ('Ainda Estou Aqui'/Globoplay/Divulgação)
Repórter de POP
Publicado em 18 de fevereiro de 2025 às 11h06.
A campanha do Oscar para “Ainda Estou Aqui” segue ativa — e isso se reflete, cada vez mais, na bilheteria global. Segundo dados da Comscore Movies e Box Office Mojo, o filme passou de R$ 100 milhões em bilheteria, a 5ª maior de um filme brasileiro. Também já levou mais de 5 milhões de pessoas ao cinema.
CRÍTICA | ‘Ainda Estou Aqui’ é tudo isso, mesmo — e tem chances reais no OscarA cerimônia do Oscar acontece no dia 2 de março e o Brasil concorre a três estatuetas — Melhor Filme Internacional (favorito), Melhor Atriz e Melhor Filme —, o que atraiu ainda mais o público norte-americano. E as recentes entrevistas de Fernanda Torres nas principais revistas de cultura dos Estados Unidos, como Variety, Deadline, The Hollywood Reporter e Vanity Fair, impulsionaram a compra dos ingressos.
Por lá, a bilheteria local já é de US$ 3,5 milhões (Box Office Mojo), e o filme segue em cartaz nos cinemas, em mais de 700 salas. O orçamento estimado é de US$ 8 milhões, segundo o IMDb. A produção não abre o investimento total.
Para além das três indicações ao Oscar, "Ainda Estou Aqui" vem colecionando prêmios internacionais em grandes festivais de cinema. Estreou no 81º Festival Internacional de Cinema de Veneza, em setembro, quando recebeu o prêmio de Melhor Roteiro. Entre os destaques, ganhou estatuetas no Globo de Ouro, Gold Derby Film Awards (5 prêmios), Dorian Awards, Festival Internacional de Cinema de Roterdã, Prêmio APCA, Festival de Cinema de Palm Springs, New Mexico Critics Awards, entre muitos outros.
Prêmios à parte, o filme foi exibido e indicado em mais de 50 festivais. Concorreu ao Critics Choice Awards e ao Bafta, o 'Oscar Britânico', por exemplo.
“Nada teria acontecido se não fosse pelo livro extraordinário de Marcelo Rubens Paiva, sem os atores excepcionais que, como Fernanda Torres, Fernanda Montenegro e Selton Mello, deram vida à Eunice e Rubens Paiva na tela. Também foram essenciais o excelente roteiro de Murilo Hauser e Heitor Lorega e o talento de uma equipe e de uma família de atores que trabalharam duro para tornar o filme possível”, afirma Walter Salles, diretor do longa.
No Brasil, o filme estreou no dia 7 de novembro de 2024. Nos Estados Unidos — o mais importante na campanha do Oscar —, a estreia comercial começou em 17 de janeiro. O longa ainda está em cartaz na France, Itália e Portugal.
“Ainda estou aqui” é o primeiro filme Original Globoplay, produzido por VideoFilmes, RT Features e Mact Productions, em coprodução com ARTE France e Conspiração, e distribuição da Sony Pictures. Já atraiu mais de 2 milhões de pessoas aos cinemas no Brasil e milhares de outros nos cinemas estrangeiros, em especial nos Estados Unidos.
Em conjunto com a obra de Salles, outras produções brasileiras também tem conquistado espaço na indústria cinematográfica mundial. É o caso de "Manas", de Marianna Brennand, que recebeu o GDA Director’s Award, principal prêmio da Giornate Degli Autori, no Festival de Veneza. Na Mostra de São Paulo, foi escolhido pela crítica como o melhor filme de ficção.
“Esse novo prêmio de público para o “Ainda Estou aqui” está em sintonia com o movimento do público no Brasil e também com o fato de três filmes brasileiros — “Retrato de um Certo Oriente” de Marcelo Gomes, “Baby”, de Marcelo Caetano e “Malu”, de Pedro Freire — terem sido premiados neste mesmo final de semana em importantes festivais como Huelva e o Festival de Cinema do Cairo. Uma cinematografia só se torna obrigatória quando filmes vindos de diferentes regiões de um país, feitos por diversas gerações de cineastas, se destacam. Isso está acontecendo hoje, e merece ser celebrado”, conta Walter Salles.