Pop

Co-fundador da Netflix declara apoio à nova taxa de Donald Trump para vistos: 'É uma ótima solução'

Reed Hastings afirma que nova taxa de US$ 100 mil para vistos H1-B irá garantir que eles se voltem apenas a 'empregos de altíssimo valor'

Reed Hastings: Co-fundador da Netlix apoiou apoiou a nova taxa de Donald Trump para vistos (Steve Marcus/Reuters/Reuters)

Reed Hastings: Co-fundador da Netlix apoiou apoiou a nova taxa de Donald Trump para vistos (Steve Marcus/Reuters/Reuters)

Paloma Lazzaro
Paloma Lazzaro

Estagiária de jornalismo

Publicado em 22 de setembro de 2025 às 16h07.

Última atualização em 22 de setembro de 2025 às 16h12.

Tudo sobreVisto EUA
Saiba mais

Anunciada por Donald Trump nesta sexta-feira, 19, uma taxa de US$ 100 mil será imposta a empresas que contratam trabalhadores estrangeiros por meio do programa de vistos H-1B. A medida gerou controvérsia entre o empresariado norte-americano, sobretudo no setor de tecnologia, onde a mão-de-obra imigrante é amplamente utilizada e contratada com o uso de vistos H-1B. Nesse debate, uma figura central do streaming expressou seu apoio à taxação: Reed Hastings, co-fundador da Netflix.

Em um post em seu perfil no X, Hastings declarou: "Eu trabalhei por 30 anos com política de H1-B. A taxa de $100k por ano de Donald Trump é uma ótima solução. Ela significará que o H1-B seja usado apenas para empregos de altíssimo valor, o que irá acabar com a necessidade da loteria e maior certeza para esses trabalhos".

Trump alega que o programa está sendo abusado para substituir trabalhadores americanos por mão de obra mais barata. A medida, que entra em vigor em 21 de setembro e tem duração de 12 meses, visa combater o que Trump chama de "exploração deliberada" do programa por empresas de tecnologia, especialmente firmas de terceirização de TI, que segundo o documento estariam demitindo funcionários americanos qualificados enquanto contratam milhares de trabalhadores H-1B com salários até 36% menores.

Os efeitos no Vale do Silício

A ordem executiva de Trump gerou pânico imediato no Vale do Silício na sexta-feira. Grandes empresas como Amazon, Microsoft, Google, Tesla e Goldman Sachs enviaram memorandos urgentes a funcionários com vistos H-1B e H-4. Os trabalhadores já nos EUA foram orientados a permanecer no país. Aqueles no exterior receberam conselhos para retornar antes do prazo de domingo.

A situação se intensificou quando o secretário de Comércio Howard Lutnick inicialmente sugeriu que a taxa também se aplicaria a renovações. Isso criou uma discrepância com esclarecimentos posteriores da Casa Branca. A Casa Branca afirmou que a medida afetaria apenas novas petições a partir do ciclo de loteria de março de 2026. A incerteza resultou em cenas caóticas nos aeroportos. Passageiros desembarcaram um por um de um voo da Emirates com destino à Índia no aeroporto de São Francisco após receberem notícias da ordem.

Quem irá recorrer?

Dados do Departamento do Trabalho mostram que quase metade de todas as aplicações H-1B vêm dos setores de tecnologia e ciência. Cerca de 30% dos cargos pagam US$ 100.000 ou menos. Isso sugere que muitas posições podem se tornar economicamente inviáveis. Advogados de imigração já antecipam processos judiciais contestando a ordem executiva. Eles citam a falta de detalhes sobre mecanismos como forma de pagamento da taxa e potenciais isenções.

Acompanhe tudo sobre:NetflixDonald TrumpImigraçãoVisto EUA

Mais de Pop

Dia do Sorvete: conheça os 10 sabores favoritos dos brasileiros, segundo ranking do Ifood

Casamento às Cegas: quando saem os próximos epsódios do reality?

Jogo da Steam é removido após golpe de mais de US$ 150 mil em criptomoedas

Como MrBeast quer montar 'império do entretenimento' com a ajuda de um executivo do Vale do Silício