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Cientistas descobrem que corante do Cheetos pode tornar 'ratos invisíveis'

Cientistas britâncos testaram o produto em ratos para analisar com maior precisão os órgãos dos animais

Mateus Omena
Mateus Omena

Repórter da Home

Publicado em 4 de outubro de 2024 às 15h05.

Última atualização em 4 de outubro de 2024 às 15h09.

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Os salgadinhos da Cheetos são bastante populares entre as crianças e os jovens. No entanto, o corante alimentar inserido nesses snacks pode surpreender os consumidores por provocar a invisibilidade.

Pode parecer um super poder típico dos filmes de ação, mas esse efeito foi descoberto por cientistas da Imperial College, em Londres, após aplicarem o mesmo corante alimentar dos snacks na pele de ratos vivos.

O objetivo do experimento é mensurar a capacidade do produto em provocar transparência, além de revelar mais detalhes sobre os órgãos internos do animal.

Como a experiência foi feita?

Certificada pela Food and Drug Administration (FDA) como FD&C Amarelo No. 5, a tartrazina é usada em concentrações muito mais baixas em lanches e refrigerantes.

Quando cientistas massagearam uma solução de tartrazina nas barrigas de ratos vivos, a pele deles pareceu desaparecer, mostrando os órgãos e os músculos pulsantes no intestino. Depois de mergulhar as cabeças dos ratos na solução, os pesquisadores viram vasos sanguíneos que drenam o cérebro. Aplicado aos membros posteriores, o corante mostrou músculos nas pernas.

Essa mudança ocorreu porque as células biológicas são mantidas juntas por uma membrana oleosa feita de gorduras, incorporadas em uma matriz aquosa. A gordura e a água transmitem luz de forma diferente, então a luz se espalha ao atingir as células. É por isso que a pele é opaca. Mas a adição desse corante alimentar equilibra a diferença entre a gordura e a água, permitindo que a luz passe, tornando as camadas da pele transparentes, explicaram os pesquisadores ao Wall Street Journal.

Pesquisadores da Universidade de Kyushu, no Japão, questionaram o estudo em um artigo publicado em um fórum científico, neste domingo, 29 de setembro.

Se o corante funcionar em tecido humano, esse fenômeno pode um dia ser uma ferramenta médica útil, de uma variedade de usos de imagem à exibição de veias subcutâneas para coleta fácil de sangue. No entanto, os pesquisadores ainda não têm permissões institucionais para testar o corante em pessoas.

A pele humana é 10 vezes mais espessa do que a pele de camundongos, de acordo com os pesquisadores japoneses. Então eles não esperam que a mesma solução que usaram nos camundongos tenha um efeito de desaparecimento tão expressivo em pessoas.

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