Buddy Poke: ferramenta fez tanto sucesso que foi parar no Facebook. (Orkut/Reprodução)
Mariana Martucci
Publicado em 4 de outubro de 2021 às 16h19.
Última atualização em 4 de outubro de 2021 às 21h08.
Segunda-feira é naturalmente um dia cheio de preguiça e melancolia. Com o WhatsApp, Instagram, Facebook — nosso ânimo — todos fora do ar, tudo pode ficar ainda mais complicado. E então, bate saudade da ex...rede social favorita que ainda não superamos.
Nesta semana, faz exatamente 7 anos que o Orkut sumiu de nossas vidas. Sim, 7 anos. A rede social, que foi lançada em 2004, chegou a ter mais de 50% de seu público total formada apenas por usuários brasileiros. Foram milhares e milhares de depoimentos, comunidades, fakes, e por aí vai. Separamos uma lista com as 9 coisas que mais sentimos falta da época do Orkut </3
Durante o auge do Orkut, eram mais de 50 milhões de comunidades na plataforma. Das mais específicas às obrigatórias: "Não sei individualizar duplas", "Eu nunca morri na minha vida" e aquela que todo mundo conhece com a foto do Garfield "Eu odeio acordar cedo". Até hoje, o Facebook não conseguiu criar uma ferramenta com o mesmo alcance. Nas comunidades, era possível criar discussões, jogos virtuais, e acervos de arquivos ilegais de música — coisa que o jovem de hoje nunca vai entender.
Os internautas também relembraram outras comunidades icônicas da época nesta segunda-feira, 4.
Sete anos sem Orkut e ainda não consegui me recuperar do vazio que essas comunidades deixaram pic.twitter.com/T71VqHHCpR
— Jeff (@Snak3Man) October 4, 2021
O melhor do Orkut eram as comunidades, não faltava criatividade hahaha... pic.twitter.com/O0kwzP7ryh
— dAnK! (@dankaraujo) October 4, 2021
[NÃO ACEITA]
Quem lembra dos famigerados depoimentos secretos no Orkut? Deixando de lado aqueles textões que ficavam expostos nos nossos perfis, o que interessava mesmo era aquela declaração mais íntima, que acabava ficando no sigilo na lista de "aprovações pendentes" do usuário. Ruim mesmo era quando a gente acabava aceitando um desses textos sem querer (risos nervosos). Outra treta famosa dos depoimentos era a briga pelo topo, que nada mais era a posição que a pessoa ficava quando se tornava o depoimento mais recente a ser aceito por determinado perfil.
https://twitter.com/amyjacobain/status/1444846081301532675
Hoje a gente entende o quão cringe o Buddy Poke era. Bizarrices à parte, nessa extensão do Orkut era possível criar um bonequinho e interagir com amigos, seja com cumprimentos virtuais, danças e até abraços. Podia ser visto como uma mensagem da carinho ou um flerte, dependendo da ação que fosse escolhida. A ferramenta fez tanto sucesso que acabou indo parar até no Facebook algum tempo depois.
A Colheita Feliz pode ser considerado um dos jogos mais democráticos dos últimos anos, tão democrático quanto Candy Crush. Dos mais novos aos mais velhos, todo mundo só pensava em coletar mais e mais moedas para deixar a plantação perfeita e os amigos com inveja. Segundo informações da TecMundo, a desenvolvedora do jogo chegou a se tornar uma das maiores da Ásia na época que o jogo era febre entre os usuários da plataforma.
A ferramenta que o Instagram e o Facebook não conseguiram superar: saber quem visitou seu perfil. Hoje em dia, muitos sites e apps prometem passar informações sobre as últimas visitas no perfil, mas nenhum com tanta facilidade quanto o Orkut. Hoje em dia, a maior parte das plataformas é anônima — menos o Linkedin. Na época, era possível ativar essa função no Orkut e você conseguia saber quem visitou seu perfil. Porém, era uma via de mão dupla: se você visitasse o perfil de alguém, a pessoa também saberia.
Essa ferramenta era para começar o dia com aquela injeção de ânimo (ou não). #Reflitam
12 fotos: esse era o máximo de cliques que era permitido dentro de um álbum no Orkut no início da plataforma. Hoje em dia, pode parecer surreal pensar que existia um limite de fotos que podíamos subir. Sempre rolava aquele planejamento pra deixar o álbum com as melhores fotos e que fizessem sentido entre si. Ainda não existia um feed de fotos como conhecemos hoje no Instagram, por exemplo.
Essa é provavelmente uma das ferramentas mais polêmicas do Orkut. Nela, era possível avaliar, de forma anônima, as pessoas. As categorias eram: sexy, confiável e legal. Além disso, era possível virar "fã" de uma pessoa, também de maneira anônima, o que incentivava a competição dentro de alguns círculos de amizade.
O que é considerado um crime hoje em dia, antes era motivo de diversão de muitas pessoas. Se você não criou um fake durante a época do Orkut, com certeza conhece alguém que tinha pelo menos três perfis desse tipo. Podia ser de alguém famoso ou até mesmo daquele seleto grupo de pessoas que tinham suas fotos compartilhadas por milhares de pessoas. Era possível casar, formar uma família, ter filhos e o que a imaginação permitisse. A maior parte das pessoas mantinha o anonimato, mas muitas outras acabaram criando amizades e relacionamentos reais através dos fakes.