Bridgerton: o que é verdade e o que é ficção na série? (Bridgerton/Netflix)
Repórter de POP
Publicado em 13 de junho de 2024 às 14h53.
Última atualização em 13 de junho de 2024 às 14h54.
Queridos leitores, chegou o dia de conhecer a segunda parte da terceira temporada de "Bridgerton", que chega ao catálogo da Netflix nesta quinta-feira, 13. Depois de episódios ousados em uma certa carruagem, a história segue mais focada no relacionamento entre Colin (Luke Newton) e Penelope (Nicola Coughlan).
Lançamentos da Netflix em junho de 2024: veja os filmes e as séries"Bridgerton" tem conquistado os fãs mundo afora. Na primeira semana após a estreia, só a primeira parte da terceira temporada atingiu mais de 45 milhões de pessoas, com mais de 165.2 milhões de horas assistidas. Mas pouca gente sabe que o conteúdo não se trata só de ficção: a série foi inspirada em eventos históricos da vida real.
Veja abaixo o que de fato aconteceu e o que é ficção em "Bridgerton".
Apesar de parecer, a família Bridgerton nunca existiu na vida real. Pelo menos não em registros oficiais, segundo o criador da série. Ao Daily Express, Chris Van Dusen relatou que a produção não é um documentário, mas que há sim inspirações à aristocracia da época. "Honramos a história, é claro, mas não estamos em dívida com ela”, contou ele ao veículo inglês.
A série se passa no período de Regência Britânica, no de 1813. Foi chamado assim porque George IV havia assumido o trono como príncipe regente, substituindo o pai, que teve uma problemas severos de saúde mental.
Ainda que a família Bridgerton não tenha existido, uma coisa retratada na série que é realmente fidedigna aos costumes da época são os figurinos. Os vestidos, acessórios e tudo do guarda-roupa foi desenvolvido a partir de uma análise dos vestuários dos anos 1800 na Inglaterra.
Ao todo, foram feitas mais de 7.500 peças exclusivas para a série, assinadas pela norte-americana, Ellen Mirojnick. Em entrevista à Harper's Bazaar, a figurinista disse que a intenção da equipe foi criar um conjunto de peças que fossem além do primor histórico, mas que as inspirações são feitas no vestuário da época, que tinha vestidos justos e com recorte abaixo do busto.
Um dos spin-offs da série conta a história da rainha Charlotte, que não está nos livros de Julia Quinn, mas fez parte da produção da Netflix. A personalidade de fato existiu na vida real: Sofia Carlota de Meclemburgo-Strelitz nasceu em 1744 e foi esposa do Rei George III (Jorge Guilherme Frederico), um casamento arranjado para interesses políticos.
O reinado do casal foi um dos mais conflituosos do século, com conflitos com a França e os Estados Unidos -- na época, lutando para obter sua independência. E a escolha de uma atriz negra para interpretá-la não foi por acaso, tampouco para trazer mais diversidade ao elenco: historiadores acreditam que Charlotte foi a primeira figura real que tinha ascendência africana na história do reinado britânico.
Outra coisa que aconteceu na vida real e faz parte da série são os bailes feitos para que as famílias arranjassem casamentos. O século 19 na Inglaterra foi uma importante época de mudança para as mulheres, que começaram a assumir algumas profissões específicas e pequenos empreendimentos.
Dentro de bailes e outros eventos para a alta sociedade, elas buscavam, de fato, por maridos que proporcionassem a elas uma vida "ideal" e mais livre de amarras. Para criar um cenário fidedigno à realidade, os criadores da série obtiveram ajuda de Hannah Greig, historiadora que já trabalhou em várias séries de época.
As histórias para os queridos leitores de Lady Whistledown não existiram na vida real da exata forma como estão na série. Mas a sociedade britânica de 1800 era chegada em uma fofoca. Folhetins como os dela, que traziam detalhes e rumores sobre os costumes e vidas das aristocracia, já eram populares naquela época.
As histórias eram publicadas nos jornais da época, que ficaram populares nos séculos 18 e 19. Um dos exemplos pode ser encontrado no "The Morning Chronicle", um folhetim que trazia fofocas das celebridades do período em coluna chamada "inteligência da moda".
Para viver sua vida dupla como Lady Whistledown, longe da mãe e das irmãs, Penélope está em busca de um marido -- e essa aventura casamenteira não anda fácil. Sem autoconfiança, Penélope vê em Colin a saída para aprender a ser mais segura e enfim vestir o véu. O problema é que as coisas avançam rápido demais e o relacionamento dos dois caminha além da amizade.
A segunda parte da terceira temporada de "Brigerton" chega à Netflix nesta quinta-feira, 13.