A mudança de nome, segundo o portal, aconteceu em 1998, quando Ricardo conseguiu um passaporte americano usando o nome de Ladd (Chris Helgren/Reuters)
Da Redação
Publicado em 4 de janeiro de 2022 às 18h00.
Última atualização em 5 de janeiro de 2022 às 15h28.
Não é preciso ter idade avançada para lembrar do clássico Prenda-me se for capaz ao ouvir sobre golpes em companhias aéreas e roubo de identidade. Longe de Hollywood e perto da vida real, o brasileiro Ricardo Cesar Guedes fez uma adaptação e tanto do filme estrelado por Leonardo DiCaprio: trabalhou por 23 anos na United Airlines usando um nome que não era o dele.
De acordo com as informações do portal Business Insider, o comissário de bordo veterano usava o nome William Ericson Ladd — identidade que pertenceu a uma criança americana morta em um acidente de carro nos anos 1970. E, sob essa identidade, conseguiu trabalhar para a companhia aérea.
A mudança de nome, segundo o portal, aconteceu em 1998, quando Ricardo conseguiu um passaporte americano usando o nome de Ladd. Desde essa época, o documento foi renovado pelo menos seis vezes, até que em 2020 o Departamento de Estado percebeu vários indícios de fraude e acionou as autoridades locais.
A partir daí, segundo as informações do Business Insider, uma investigação criminal foi realizada e, à medida que avançou, os agentes conseguiram rastrear a verdadeira origem do homem, cruzando informações de suas impressões digitais com documentos expedidos no Brasil.
Comprovada a fraude, Ricardo foi acusado de fornecer uma declaração falsa em pedido de passaporte, se passar de forma falsa por cidadão americano e entrar na área segura do aeroporto sob falsos pretextos.
A United Airlines confirmou ao Business Insider que o funcionário já havia sido demitido e que a companhia aérea tem um processo de verificação completo para novos funcionários, em linha com os requisitos legais federais.