Bobbie Goods: a proposta caiu no gosto dos brasileiros e atualmente domina a lista dos mais vendidos da Amazon (Instagram/Bobbie Goods/Reprodução)
Redação Exame
Publicado em 28 de julho de 2025 às 09h25.
Em apenas sete meses no Brasil, os livros para colorir da marca Bobbie Goods se transformaram em um fenômeno editorial. Desde o lançamento oficial em janeiro pela HarperCollins, a coleção já superou a marca de 2,5 milhões de exemplares vendidos, impulsionada por vídeos virais no TikTok que mostram técnicas e estilos criativos de pintura.
Com traços simples e acolhedores, as quatro edições retratam o cotidiano de animais como ursos e cachorros em cenas lúdicas. Cada exemplar reúne 20 desenhos e é vendido por valores entre R$ 20 e R$ 28. A proposta caiu no gosto dos brasileiros e domina atualmente a lista dos mais vendidos da Amazon.
Boa parte do sucesso pode ser atribuída ao TikTok. O perfil oficial da marca já acumula vídeos com dezenas de milhões de visualizações. Um deles, com apenas um minuto de duração, ultrapassou a marca de 25 milhões de visualizações.
A rápida escalada de vendas no país impressiona. Em maio, a coleção alcançou 1 milhão de exemplares vendidos. Um mês depois, já eram 2 milhões. Na Amazon, as vendas cresceram 271% no segundo trimestre em relação aos três meses anteriores.
Durante a Bienal do Livro do Rio deste ano, os livros da marca Bobbie Goods lideraram as vendas da editora HarperCollins.
De olho na tendência, marcas e instituições também passaram a surfar a onda da “estética Bobbie”. O Burger King lançou uma campanha promocional em parceria com a editora e a Faber-Castell: quem comprava um combo em lojas selecionadas ganhava uma edição do livro.
O Boticário criou sua própria versão inspirada na estética da marca, com personagens da linha “Cuide-se Bem”. Até o Ministério do Turismo aderiu à tendência com o Turismo Goods, um livreto gratuito para colorir com paisagens brasileiras como os Lençóis Maranhenses e Brasília.
Apesar do ineditismo do formato nas redes sociais, não é a primeira vez que um livro para colorir ganha projeção nacional. Em 2013, Jardim Secreto, da escocesa Johanna Basford, também se tornou um best-seller no Brasil. Na época, o formato era outro: um volume maior, com 96 páginas e ilustrações detalhadas, que priorizavam lápis de cor no lugar de canetas coloridas.
Seja pela nostalgia, pela estética ou pelo desejo crescente de pausas criativas no dia a dia, a febre dos livros para colorir volta a mostrar sua força.