Pop

Blocos de SP farão homenagem a Gal no carnaval

Além dos blocos já conhecidos, a folia paulistana também contará com a estreia de um bloco totalmente dedicado à trajetória da artista, o Gal total

Gal Costa: cantora morreu em 2022 aos 77 anos (Marcos Hermes/Reprodução)

Gal Costa: cantora morreu em 2022 aos 77 anos (Marcos Hermes/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de janeiro de 2023 às 09h02.

Serão muitas as homenagens àquela que tanto embalou décadas de carnavais. A figura, o legado e as canções interpretadas por Gal Costa são temas dos desfiles de novos e tradicionais blocos de rua de São Paulo neste ano, como Acadêmicos do Baixo Augusta, Tarado Ni Você e Bloco Pagu, meses após a morte da artista, em novembro, aos 77 anos.

A folia paulistana também contará com a estreia de um bloco totalmente dedicado à trajetória da artista, o Gal total.

"Será uma celebração, um bloco muito diverso. Tem a figura da Gal em todas as camadas que representa e pode representar, de mulher, mãe, que sempre se posicionou, que fez uma revolução estética lá atrás", descreve a cantora Zulaiê Silva, de 34 anos, uma das idealizadoras do grupo e conhecida pelo nome artístico Zu Laiê. "Pessoas como a Gal não morrem. Mesmo vivas, já eram imortais."

Zu Laiê conta que sentia falta de um desfile dedicado totalmente à cantora no carnaval paulistano, como ocorre com outros grandes nomes da música brasileira, como Caetano Veloso (bloco Tarado Ni Você), Gilberto Gil (Filhos de Gil), Maria Bethânia (Explode Coração) e outros.

"Tem que ter o da Gal. Foi um lance que convergiu. Mesmo que ela não tivesse passado para o outro plano, a gente teria feito do mesmo jeito."

O bloco é liderado por quatro mulheres artistas (as demais são Ellen Nicole, Marcela Corano e Ananda Macedo), parte delas com uma forte presença de canções interpretadas por Gal nos próprios repertórios de shows.

A proposta é homenagear a complexidade da trajetória da homenageada, "na história, na cultura, na sociedade, na memória e nos afetos", com canções que vão desde os anos 1960 até os últimos anos de carreira.

Repertório

No repertório do desfile, estão confirmadas Brasil, Aquarela do Brasil e Miami Maculelê, entre outras, a maioria de canções conhecidas do público. O desfile ocorrerá no domingo de pré-carnaval, 12 de fevereiro, no entorno da Praça Elis Regina, no Butantã, zona oeste.

A expectativa é de 500 a mil pessoas, com um perfil voltado a famílias e sem a intenção de atrair multidões. Haverá um espaço exclusivo para crianças foliãs, com tapetes e brinquedos.

Gal também foi escolhida como o tema anual do desfile de alguns dos maiores blocos paulistanos. Será lembrada no repertório, com releituras em ritmos carnavalescos, e na estética dos cortejos, com cores e imagens que remetem à artista. As celebrações começarão já no fim de semana de pré-carnaval.

"A Gal tem um pedaço importante da carreira dela que tem muito a ver com o carnaval", diz o músico Wilson Simoninha, diretor musical e um dos fundadores do Acadêmicos do Baixo Augusta.

A homenagem à artista será protagonizada também pelas cantoras Céu, Marina Sena e Tulipa Ruiz e a atriz Sophie Charlotte, que interpreta a artista no filme Meu Nome É Gal, a ser lançado neste ano. Marcado para 12 de fevereiro e com expectativa de mais de 1 milhão de pessoas, o desfile terá mais participações especiais, como do Olodum.

CarnaVrah

Além do Gal ToTal, outro estreante que celebrará o legado de Gal Costa será o CarnaVrah.

"Vai ter um momento de homenagem, de tocar só músicas de carnaval de Gal", comenta o ator Fernando Cabral, de 32 anos, um dos fundadores do bloco, ligado a artistas do teatro musical e do cinema.

O desfile ocorre sábado, dia 18, no Butantã, zona oeste de São Paulo. Há a expectativa de até 2 mil foliões.

Acompanhe tudo sobre:CarnavalMPBsao-paulo

Mais de Pop

Fernanda Torres e Eunice Paiva são indicadas para medalha de mérito legislativo

Gladiador 2: o que realmente aconteceu e o que é apenas ficção no filme

Elon Musk, Bezos e Zuckerberg: qual é o signo dos mais ricos do mundo

Gato de Schrödinger: é possível estar vivo e morto ao mesmo tempo? Entenda teoria