Câmeras de segurança gravaram a ex-funcionária sabotando a vinícola. (Reprodução)
Redator na Exame
Publicado em 28 de junho de 2024 às 13h21.
Última atualização em 28 de junho de 2024 às 14h16.
A Guarda Civil da Espanha prendeu uma mulher em Valladolid suspeita de sabotagem na vinícola Cepa 21, onde trabalhou anteriormente. Na madrugada de 18 de fevereiro, ela teria invadido as instalações da vinícola e despejado cerca de 60 mil litros de vinho de alta qualidade no chão, causando um prejuízo estimado em 2,5 milhões de euros (cerca de R$ 13 milhões). O incidente foi capturado pelas câmeras de segurança da vinícola.
De acordo com o 'El norte de Castilla', as imagens de segurança mostram a mulher entrando na vinícola por volta das 3h30 da manhã e esvaziando três tanques de vinho das marcas Cepa 21, Horcajo e Malabrigo. A polícia investiga como ela conseguiu acesso às instalações, já que todas as medidas de segurança estavam ativadas no momento do incidente. As autoridades não descartam a possibilidade de haver mais envolvidos no caso, e a investigação continua em andamento.
Até o momento, a mulher está sendo interrogada para confirmar os detalhes do ocorrido e entender melhor as motivações e circunstâncias do ato. Curiosamente, nada foi roubado da vinícola durante a invasão, o que aumenta o mistério em torno do caso.
A vinícola Cepa 21, localizada na região de Castrillo de Duero, em Valladolid, é conhecida pela produção de vinhos de alta qualidade e vem ganhando destaque no mercado vinícola. Nos últimos anos, a venda de seus vinhos aumentou em 15%, refletindo o sucesso da vinícola desde que seu proprietário, José Moro, iniciou o projeto em 2022 com a intenção de produzir vinhos "com caráter vencedor".
A Cepa 21 faz parte da renomada região vinícola conhecida como a "Milla de Oro" da Ribera del Duero, um território famoso pela qualidade de seus vinhos. Além da produção de vinhos, a vinícola também investe em enoturismo, atraindo visitantes de todo o mundo e expandindo suas atividades além da produção tradicional.
José Moro, em entrevista à rádio COPE, expressou a gravidade do incidente, mencionando que poderia ter levado a vinícola à falência técnica. Ele destacou a familiaridade da suspeita com as instalações, sugerindo que ela sabia exatamente onde estava e como causar o máximo de dano. Moro também manifestou alívio pela sabotagem não ter sido ainda mais extensa, o que poderia ter causado danos irreparáveis à empresa.
Os vinhos destruídos tinham um valor de mercado em ascensão, com vendas e faturamento crescendo ano após ano. O incidente ocorreu em um momento de expansão e aumento das vendas, o que torna a sabotagem ainda mais significativa. A vinícola Cepa 21 é um importante player no mercado vinícola espanhol e internacional, e o ocorrido representa um golpe significativo, tanto financeiramente quanto em termos de reputação.
A polícia continua investigando o caso para determinar se houve outros cúmplices e entender melhor as motivações da ex-funcionária. A hipótese de uma conspiração maior não foi descartada, e as autoridades estão focadas em reunir todas as evidências possíveis para esclarecer o caso. A cooperação da vinícola e as imagens de segurança são cruciais para o avanço das investigações.
Com a prisão da suspeita, espera-se que novas informações surjam nas próximas semanas, ajudando a entender melhor a dinâmica do incidente e a prevenir futuros atos de sabotagem. A vinícola Cepa 21, apesar do golpe sofrido, continua suas operações e busca se recuperar do prejuízo causado, mantendo seu compromisso com a qualidade e a inovação na produção de vinhos.