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Após construção bilionária, aeroporto japonês deve afundar no mar nos próximos 30 anos

Engenheiros estão empenhados em ações de resgate que já totalizaram R$ 730 milhões

Aeroporto Internacional de Kansai, no Japão  (Redes Sociais/Reprodução)

Aeroporto Internacional de Kansai, no Japão (Redes Sociais/Reprodução)

Mateus Omena
Mateus Omena

Repórter da Home

Publicado em 11 de janeiro de 2024 às 17h06.

Última atualização em 11 de janeiro de 2024 às 17h57.

Considerado um dos mais ambiciosos projetos de infraestrutura e transporte do Japão, o Aeroporto Internacional de Kansai agora está afundando no mar e em 30 anos pode desaparecer por completo.

Inaugurado em 1994, com custo de R$ 94 bilhões, o complexo visava aliviar o congestionado aeroporto de Osaka, nas proximidades, e atender à necessidade de um terminal aeroportuário maior, pois a região estava perdendo sua proeminência comercial para Tóquio.

De acordo com especialistas, o aeroporto construído sobre o mar já afundou 11,5 metros. Para evitar esse desastre, engenheiros japoneses estão empenhados em encontrar soluções, com esforços de resgate já totalizando R$ 730 milhões.

O terreno recuperado para a construção do aeroporto é comparado por especialistas a uma "esponja molhada", que precisava ser transformada em uma base seca e densa para suportar o peso das instalações do terminal.

Dado que o aeroporto local existente, o Osaka Internacional, está cercado por subúrbios densamente povoados e incapaz de expandir-se, foram criadas duas ilhas artificiais na Baía de Osaka para abrigar o novo terminal, conectadas à região de Rinku, em Osaka, por uma ponte sobre a água.

O aeroporto, que atua como hub para grandes companhias aéreas, como All Nippon, Japan Airlines e Nippon Cargo, além da companhia aérea japonesa de baixo custo Peach, sobreviveu a desastres naturais nas décadas seguintes, saindo relativamente ileso.

Apesar de resistir ao grande terremoto de Hanshin em 1995, o terminal japonês foi atingido por um tufão em 2018, resultando em uma inundação das pistas com água do mar. Poucos dias após o desastre, um navio-tanque colidiu com a ponte que conecta o aeroporto ao continente, causando a retenção de passageiros. No entanto, o aeroporto sobreviveu e continuou a operar.

Embora os engenheiros soubessem que o aeroporto afundaria ao longo de um período de 50 anos, jamais imaginaram que isso ocorreria com tal magnitude. Em vez disso, previam que eventualmente se estabilizaria a cerca de 4 metros acima do nível do mar, a elevação mínima necessária para evitar inundações no local.

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