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'Ainda Estou Aqui' passa os R$ 2 milhões de espectadores no Brasil

Longa de Walter Salles superou a marca de "Nosso Lar 2" e já é o filme brasileiro mais assistido do ano

"Ainda Estou Aqui" começou a fazer sucesso desde a primeira exibição, no 81º Festival Internacional de Cinema de Veneza (Ainda Estou Aqui/Divulgação)

"Ainda Estou Aqui" começou a fazer sucesso desde a primeira exibição, no 81º Festival Internacional de Cinema de Veneza (Ainda Estou Aqui/Divulgação)

Luiza Vilela
Luiza Vilela

Repórter de POP

Publicado em 29 de novembro de 2024 às 15h02.

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A campanha do Oscar para Ainda Estou Aqui segue ativa — e isso se reflete, cada vez mais, na bilheteria. Nesta quinta-feira, 28, na quarta semana em cartaz, o filme ultrapassou a marca de 2 milhões de espectadores do Brasil e segue no primeiro lugar das bilheterias brasileiras.

CRÍTICA | ‘Ainda Estou Aqui’ é tudo isso, mesmo — e tem chances reais no Oscar

Aposta da Academia Brasileira de Cinema para o Oscar de Melhor Filme Internacional, "Ainda Estou Aqui" começou a fazer sucesso desde a primeira exibição, no 81º Festival Internacional de Cinema de Veneza, em setembro, quando recebeu o prêmio de Melhor Roteiro.

“Nada teria acontecido se não fosse pelo livro extraordinário de Marcelo Rubens Paiva, sem os atores excepcionais que, como Fernanda Torres, Fernanda Montenegro e Selton Mello, deram vida à Eunice e Rubens Paiva na tela. Também foram essenciais o excelente roteiro de Murilo Hauser e Heitor Lorega e o talento de uma equipe e de uma família de atores que trabalharam duro para tornar o filme possível”, afirma Walter Salles, diretor do longa.

De lá para cá, ele, Fernanda Torres e Selton Mello viajaram o mundo para a divulgação do longa, que recebeu sete prêmios em 50 festivais internacionais e nacionais. Quatro deles foram escolhidos por um júri popular: Prêmio do Público e o Prêmio Danielle Le Roy, eleito pelo Júri Jovem no Festival De Pessac, na França; Melhor Filme na 48ª Mostra de S. Paulo; no Festival Internacional de Cinema de Vancouver, no Canadá, e no Festival de Cinema de Mill Valley, nos Estados Unidos.

Fernanda Torres, que vem numa toada de entrevistas internacionais para grandes veículos de cultura, como Variety, Vanity Fair, Deadline e Indiwire, foi eleita Melhor Atriz em filme internacional pelo Critics Choice Awards.

Salles comentou os resultados: “Mais do que os números, é a volta da experiência coletiva no cinema, o fato do público se reencontrar com sua história, que merecem ser comemorados nesse momento. 'Ainda Estou Aqui', revive a memória de uma família ao longo de 40 anos e oferece um reflexo do país durante aquele período traumático.  É um filme sobre aquilo que poderíamos ter sido, sobre aquilo que perdemos, mas também um filme sobre a vida, sobre o presente e o futuro que queremos. Obrigado a cada um dos espectadores que viu o filme nas salas. É graças ao boca a boca que 'Ainda Estou Aqui' está reverberando dessa forma”, disse Salles.

No Brasil, o filme estreou no dia 7 de novembro. Nos Estados Unidos — o mais importante na campanha do Oscar —, a estreia comercial começou em 20 de novembro. O longa ainda terá estreia comercial em Portugal, França e Alemanha no ano que vem.

A vez do cinema brasileiro

“Ainda estou aqui” é o primeiro filme Original Globoplay, produzido por VideoFilmes, RT Features e Mact Productions, em coprodução com ARTE France e Conspiração, e distribuição da Sony Pictures. Já atraiu mais de 2 milhões de pessoas aos cinemas no Brasil e milhares de outros nos cinemas estrangeiros, em especial nos Estados Unidos.

Em conjunto com a obra de Salles, outras produções brasileiras também tem conquistado espaço na indústria cinematográfica mundial. É o caso de "Manas", de Marianna Brennand, que recebeu o GDA Director’s Award, principal prêmio da Giornate Degli Autori, no Festival de Veneza. Na Mostra de São Paulo, foi escolhido pela crítica como o melhor filme de ficção.

“Esse novo prêmio de público para o “Ainda Estou aqui” está em sintonia com o movimento do público no Brasil e também com o fato de três filmes brasileiros “Retrato de um Certo Oriente” de Marcelo Gomes, “Baby”, de Marcelo Caetano e “Malu”, de Pedro Freire terem sido premiados neste mesmo final de semana em importantes festivais como Huelva e o Festival de Cinema do Cairo.  Uma cinematografia só se torna obrigatória quando filmes vindos de diferentes regiões de um país, feitos por diversas gerações de cineastas, se destacam. Isso está acontecendo hoje, e merece ser celebrado”, conta Walter Salles.

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