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A HBO Max agora é Max: veja o que muda no conteúdo, preço e plataforma

Com conteúdo diversificado, a marca promete expandir a experiência dos usuários e apresentar um espaço mais voltado a toda a família

HBO: veja o que muda na chegada da Max no Brasil (MAX/ Warner/Divulgação)

HBO: veja o que muda na chegada da Max no Brasil (MAX/ Warner/Divulgação)

Luiza Vilela
Luiza Vilela

Repórter de POP

Publicado em 27 de fevereiro de 2024 às 09h24.

Última atualização em 27 de fevereiro de 2024 às 20h55.

Adaptar-se ao meio é uma das características que permitiu, desde o início, a sobrevivência dos negócios no mercado. E se isso vale para qualquer empreitada que almeja sucesso, não seria diferente para o mercado de streaming, que agora, mais diluído em plataformas emergentes, passa por uma remodelação. A HBO Max é um bom exemplo.

Nesta terça-feira, 27, na América Latina, a HBO perde o primeiro nome e se torna apenas 'Max', uma estratégia de rebranding que tem como objetivo apresentar um conteúdo diversificado e subir na ranking dos streamings com mais assinantes. A agora Max acumula 97,7 mil pagantes de seus serviços em todo o mundo, com crescimento atenuado de 1,8 milhões no último trimestre de 2023. E sua chegada na América Latina vem em uma boa toada da Warner, que fechou um ano inteiro de lucro no streaming, avaliado em US$ 103 milhões.

"Tirar a HBO do nome da plataforma é uma jogada estratégica", diz Mariano Cesar, General Entertainment Content Leader para a América Latina e mercado hispânico dos Estados Unidos da Max, em entrevista exclusiva à EXAME. "A mudança para Max nos permitirá construir um destino de entretenimento naquela que é a nossa visão, que é ter conteúdo para cada momento, cada membro da família. Vai nos permitir expandir nosso público com gêneros e marcas mais amigáveis, ​que talvez a marca HBO não tenha alcançado".

Interface da Max nos EUA, que chega semelhante ao Brasil (Max/Divulgação)

No formato original, a HBO Max já era um conglomerado de conteúdos. Além do estúdio da HBO, estavam inseridos também o Cartooon Network, Warner Bros., universo DC e alguns canais de esporte. Agora, como Max, ela soma ao "cardápio" regalias da fusão da Warner com a Discovery, como o Adult Swim, Discovery Kids, Discovery, Discovery Home & Health, Investigação Discovery (ID) e os Max Originals, produções da própria plataforma em geral.

"A HBO continuará a ser um indicador de qualidade de conteúdo inovador, disruptivo, daquele conteúdo nunca visto antes que ultrapassa os limites, ganha tantos prêmios. Mas como 'Max', conseguimos expandir isso para um público maior, com mais gêneros, que é o que essa nova plataforma oferece. O mundo infantil, por exemplo, é um espaço onde talvez a HBO não seja uma marca de referência, mas que a Max quer ocupar esse papel", explica Pablo Zuccarino, Vice-Presidente Senior e General Manager de Kids & Family para Warner Bros Discovery para a América Latina, também em entrevista exclusiva à EXAME.

Elenco de "Beleza Fatal", telenovela original da Max (Max/ Beleza Fatal/Divulgação)

Depois dos EUA, mas mais latino-americano

A Max chega à América Latina nesta terça-feira, muito embora já esteja funcionando nos Estados Unidos desde maio de 2023. Por lá, além da diversidade de conteúdo, a marca incluiu também mais de 1.000 filmes e episódios de série em 4K UHD, operantes em um aplicativo mais moderno, otimizado e pensado para uma experiência de usuário superior.

Nos EUA, as produções Max Originals chegaram em conjunto com a estreia da plataforma nova, como foi o caso de "Love and Death" (27 de abril de 2023), que também estreou no Brasil pela HBO Max como "Amor e Morte", minissérie estrelada pela atriz Elizabeth Olsen. Junto deles, houve mais oferta de esportes, conteúdo infantil e séries exclusivas norte-americanas.

Por aqui, a Max estreia já com "O Regime", minissérie original da plataforma estrelada pela vencedora do Oscar Kate Winslet, além de "Aquaman 2", que foi lançado em dezembro do ano passado nos cinemas e chega, agora, ao streaming. A promessa de conteúdo é diversificada: no Brasil, além dos canais infantis e esportivos, haverá produção de filmes nacionais e até mesmo novelas, como "Beleza Fatal",  estrelada por Camila Pitanga e Camila Queiroz, ainda sem data de estreia definida.

"Pretendemos ser o destino ideal de quem procura ver um conteúdo diversificado, feito para toda a família. Mas que ainda tenha um caráter regional forte, com títulos nacionais e internacionais, que valorize também o ambiente no qual a plataforma está inserida. É sair um pouco do eixo dos EUA", completa Mariano.

O preço vai mudar?

Hoje, a assinatura comum da HBO Max tem custo mensal de 34,90. Agora, com a virada da Max, a plataforma chega com novos preços: a partir de R$ 29,90, no plano que tem anúncios, e R$ 39,90 e R$ 55,90 para quem deseja ficar longe da publicidade, com melhor qualidade de tela.

Vale dizer que quem já é assinante não terá mudanças em seu pacote: a conversão será automática já nesta terça-feira.

"A oferta de conteúdos é idêntica nos três modelos com preços ou custos diferentes, o que muda é que na versão mais baixa há publicidade e na versão mais alta será diferenciado pela quantidade de dispositivos conectados ao mesmo tempo. O catálogo é o mesmo para todo mundo", esclarece Mariano.

Interface da Max nos EUA, que chega semelhante ao Brasil (MAX/ Warner/Divulgação)

Mais tecnologia, menos bugs

Outra coisa que muda é a cara da plataforma. Se antes os servidores sofriam com a chegada de novas séries, como foi o caso com o primeiro episódio de "House of the Dragon" e o último de "The Last of Us", que fizeram o aplicativo passar por instabilidades, a Max chega com reformo e uma thumbnail mais otimizada.

"Uma das coisas que mais entusiasma hoje em dia é que Max terá uma plataforma melhor como a tecnologia e a experiência do usuário, muito mais sofisticada e avançada e desenvolvida", comenta Zuccarino. "É algo que notamos que precisávamos muito nessa nova fase".

Mais conteúdo infantil?

Além do já existente Cartoon Network, a Max conta também com a Discovery Kids e terá produção original de animações para as crianças em sua nova plataforma. A ideia, segundo Pablo Zuccarino, é criar um ambiente mais amigável para toda a família.

"A gente ter ser visto como uma plataforma que trabalha bons conteúdos infantis, mas que vai atrair toda a família. O Cartoon é um bom exemplo: tem desenhos que os adultos assistiam (e reassistem pela nostalgia, com seus filhos) e que as crianças amam. Agora, com o Discovery Kids, vem ainda mais coisa legal", explica Zuccarino. "E isso vale também para produções nacionais, no Brasil principalmente".

Inserido dentro de uma plataforma diversa, ele explica, ainda, que a divisão de conteúdos adultos e infantis terá restrições parentais bem estabelecidas. "Teremos um controle parental de conteúdo para pais, com filtro de acordo com quatro demonstrações de idades ou grupos de crianças diferentes. Então, sim, a tecnologia da plataforma permite que pais e filhos naveguem com segurança e entrem em ambientes onde criamos conteúdos específicos para cada demonstração", argumenta o executivo.

Futebol e outros conteúdos esportivos

Seguindo a já trajetória da HBO Max, a nova plataforma também contará com canais esportivos. Agora, há espaço para os jogos da UEFA Champions League, com transmissão ao vivo, além de programação especial com comentaristas.

No Brasil, em específico, haverá também a transmissão do Campeonato Paulista masculino e feminino.

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