Tarcísio de Freitas: Governador é contra negociação do etanol com Trump (Divulgação Esfera Brasil)
Agência de notícias
Publicado em 20 de outubro de 2025 às 15h55.
Última atualização em 20 de outubro de 2025 às 15h59.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse nesta segunda-feira, 20, que o Brasil deve proteger seu etanol e que o combustível não deve ser incluído em negociações. Sem citar os Estados Unidos, mas se referindo ao tarifaço de Donald Trump, o governador afirmou que não precisamos ceder reservas estratégicas.
"Nós temos aqui o etanol, nós temos aqui o biogás, nós temos aqui o biometano, nós vamos produzir aqui o combustível sustentável de aviação. Sobre o etanol, nós vamos fornecer o etanol que vai mover as embarcações. Isso significa que é uma demanda extraordinária e nós não precisamos fazer cessões daquilo que é reserva estratégica do Brasil. Nós não temos de colocar isso na mesa de negociação", disse o governador.
A declaração de Tarcísio durante a 25ª Conferência Internacional Datagro sobre Açúcar e Etanol, em um hotel da zona sul da capital, ocorre depois de uma nota publicada pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) na última sexta-feira, 17.
No texto, a entidade negou a existência de qualquer negociação com o governo federal para redução da tarifa de importação de 18% aplicada ao etanol americano.
“As entidades e suas associadas mantêm posição unificada em defesa da previsibilidade regulatória, da reciprocidade comercial e do respeito às regras internacionais de comércio, pilares que asseguram a competitividade da bioenergia brasileira e o interesse nacional. A Unica e a Bioenergia Brasil reafirmam sua confiança na condução responsável e equilibrada do governo federal nas discussões comerciais com os Estados Unidos e reforçam que qualquer debate sobre política tarifária deve preservar a segurança energética, a estabilidade das regras e a credibilidade do Brasil como líder na transição energética de baixo carbono. O etanol brasileiro é um ativo estratégico de soberania nacional — e não pode ser tratado como moeda de troca em negociações comerciais”, diz a nota da Unica.