Os 28 sabores fixos de cupcakes são vendidos a R$ 6,40 cada
Da Redação
Publicado em 20 de outubro de 2010 às 17h04.
São Paulo - A empresária Paula Kenan e a chef Marcella Lage viram nos cupcakes uma oportunidade de negócio no país.
Famosos nos Estados Unidos, os "bolos de xícara"- o nome vem do século XIX, quando o forno não dava conta de assar bolos grandes e o jeito era usar latas ou xícaras - são minibolos de massa leve decorados com confeitos ou pasta americana.
Formada em administração, Paula ficou encarregada das finanças da empresa enquanto Marcella, chef e professora, lidava com a massa na cozinha.
A dupla resolveu apostar no novo negócio por ser algo novo para o paladar brasileiro. "Decidimos investir nisso porque não tinha ninguém que fizesse aqui no Brasil", explica Paula.
Planejamento e panelas
Antes da abertura da delicada lojinha na Rua Augusta, em São Paulo, Paula e Marcella passaram um ano estudando as possibilidades do negócio e testando receitas para o cupcake. "Foi uma loucura. A gente ficou esse ano todo estudando, fazendo receitas, chamando os amigos e pacientes para provarem, procurando um ponto", conta Paula.
Com a ajuda de um consultor, as sócias precisaram aprender tudo sobre um negócio do ramo de alimentação. "Não tínhamos nenhum conhecimento na área, nem sabíamos quais regras da Anvisa seguir ou como fazer a estimativa de faturamento", lembra Paula.
Para Marcella, que sempre teve vontade de montar um negócio, o conhecimento técnico na cozinha tornou a tarefa menos árdua. "Foi complicado entender onde arrumar investimento e pedir financiamento, mas quando se tem o domínio técnico do negócio fica mais fácil", opina a chef.
Mas isso foi fácil perto da maior dificuldade da dupla: chegar à receita e aos ingredientes perfeitos. "Foi muito difícil encontrar a fórmula. As pessoas acham que é só reduzir as medidas, mas a gente teve que mudar muita coisa", explica Paula.
"Conseguir ingredientes de qualidade foi um desafio, muitas coisas não tem padronização aqui no Brasil. Foi difícil saber quais fornecedores podíamos confiar ou não", diz Marcella.
A estratégia da empresa para fidelizar os clientes é inventar novos sabores sazonalmente. Com preço fixo de R$ 6,40, os 28 sabores de bolinhos são renovados com freqüência. "Tem que ter sempre uma novidade na loja", afirma Paula.
Expansão
Depois de quase um ano da abertura da primeira loja, as empresárias garantem estar prontas para crescer e acabam de inaugurar um quiosque no shopping Market Place e prevêem a abertura de mais um até o final de outubro no shopping Pátio Higienópolis.
A fábrica de 200 m² no Brooklin produz 15 mil unidades por mês para a loja principal. A dupla espera mais que duplicar a produção e chegar a 40 mil bolinhos por mês para atender à demanda das três unidades.
O estímulo para inaugurar novas unidades veio também do retorno dos clientes. "Tivemos uma aceitação muito boa, até gente querendo abrir franquias", diz Paula. Colocar a operação na mão de franqueados é um plano para o futuro da empresa. "Ainda não temos uma estimativa mas queremos chegar ao Rio de Janeiro, Recife e Salvador", completa.
A primeira loja da rede, na Rua Augusta, em São Paulo
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