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Veja como Stone e Linx explicaram à CVM americana o negócio entre ambas

A processadora de pagamentos Stone anunciou na terça-feira, 11, a compra da fabricante de software de gestão para o varejo Linx por 6,045 bilhões de reais

Stone: depois do anúncio, a empresa lançou uma oferta para vender 1 bilhão de dólares em novas ações (Stone/Divulgação)

Stone: depois do anúncio, a empresa lançou uma oferta para vender 1 bilhão de dólares em novas ações (Stone/Divulgação)

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Carolina Ingizza

Publicado em 12 de agosto de 2020 às 11h39.

Última atualização em 12 de agosto de 2020 às 12h07.

A processadora de pagamentos Stone anunciou no final da tarde da última terça-feira, 11, a compra da fabricante de software de gestão para o varejo Linx por 6,045 bilhões de reais – 90% em dinheiro e 10% em ações. A transação revela os planos da fintech para os próximos anos e traz lições para os empreendedores brasileiros.

A Stone estava em busca de diversificar seu negócio. Em maio, anunciou a compra da startup Vitta, plataforma de saúde que faz agendamento de consultas e atendimentos a distância, e a aquisição de uma participação de 50% na MLabs, empresa de marketing e redes sociais. A fintech também investiu na Delivery Much e na MVarandas. Os valores não foram divulgados.

A ideia por trás da transação com a Vitta – que ainda está sujeita à aprovação da Agência Nacional de Saúde – tem a ver com a capilaridade da Stone e com a necessidade de seus clientes. Hoje, a adquirente tem uma base de clientes ativos de mais de 530.000 microempreendedores e oferece a eles serviço de telemedicina da Vitta que funciona 24 horas por dia, sete dias na semana.

Com a aquisição da Linx agora, a Stone irá criar uma nova frente de negócio a partir da integração da fabricante ao atual portfólio de investimentos de software da processadora de pagamentos. Para pagar pela compra, quitar taxas e despesas relacionadas ao negócio e para custear outros gastos gerais de operação, a Stone lançou uma oferta para vender 1 bilhão de dólares (5,38 bilhões de reais) em novas ações.

A aquisição depende, ainda, da aprovação da SEC (Comissão de Títulos e Câmbio dos Estados Unidos), órgão regulador do mercado financeiro americano, onde a ação da Stone é negociada, e do regulador brasileiro. Caso a transação não seja efetivada, os recursos obtidos com a venda de ações serão usados pela Stone nas suas operações regulares.

Para justificar o negócio, em documento enviado ao regulador americano, a Stone afirma que a Linx é uma companhia líder no desenvolvimento de softwares para o varejo, com 300 bilhões em faturamento (GVM), com mais de 70.000 clientes e 100.000 pontos de vendas. Com a aquisição, a Stone se aproximaria do seu plano de se tornar uma "one-stop shop" para os varejistas brasileiros.

“A Stone nasceu há oito anos com um propósito muito forte de ajudar empreendedores brasileiros a prosperar por meio da oferta de produtos inovadores e um serviço excepcional. Estamos muito felizes de juntar esforços com a Linx nessa jornada de transformar o varejo no Brasil”, disse Thiago Piau, presidente da Stone, em comunicado à imprensa sobre a transação.

Veja abaixo a apresentação que a empresa enviou à SEC na última terça-feira:

 

 

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