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Três pontos para acabar com as dúvidas no começo do negócio

Para que não ocorra a morte prematura do negócio, os primeiros meses são cruciais para que o empreendedor aprenda a ser executivo e gestor


	Dúvida: ser gestor significa ser o maestro da rotina do dia a dia
 (Thinkstock/Wavebreakmedia Ltd)

Dúvida: ser gestor significa ser o maestro da rotina do dia a dia (Thinkstock/Wavebreakmedia Ltd)

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Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2015 às 18h40.

Os critérios que devem nortear as decisões nos primeiros meses do negócio
Respondido por Marcelo Nakagawa, especialista em empreendedorismo

Todas as grandes novidades na vida de qualquer pessoa passam por um período de adaptação até que se consiga atingir um certo nível de paz, tranquilidade e/ou felicidade.

Com quem decide abrir um negócio próprio não é diferente, mas o resultado final tende a ser sempre transitório. A paz, tranquilidade e felicidade são sempre momentâneas pois o verdadeiro empreendedor estará sempre buscando o próximo desafio.

Mas para que não ocorra a morte prematura do negócio, os primeiros meses são cruciais para que o empreendedor aprenda a ser executivo e gestor do seu negócio. Ser executivo está associado ao fazer o que foi planejado e muitos empreendedores não sabem planejar um novo negócio e tampouco seguir o plano.

Muitos alegam que é impossível prever o que pode ocorrer nos primeiros meses, mas técnicas de planejamento como effectutation, lean startup e customer development foram desenvolvidas justamente considerando as incertezas de um novo negócio. Outros, mais previsíveis, podem e devem ter um plano de negócio.

Ser gestor significa ser o maestro da rotina do dia a dia. O gestor se dedica às pessoas, seja na delegação de tarefas, na cobrança de resultados, na garantia de qualidade, na eficiência operacional e na produtividade do negócio. O gestor garante que a empresa está fazendo mais com menos e o melhor de forma inovadora. Para isto ocorrer, o empreendedor deve ter três pontos em mente:

Rumo ao fluxo líquido de caixa positivo

Uma empresa quebra não pelo prejuízo, mas pela falta de caixa para honrar suas obrigações. Nos primeiros meses, o empreendedor deve estar preparado para levar a empresa a gerar fluxo líquido de caixa positivo.

O ideal é que isto ocorra no menor tempo possível já que, além da tranquilidade, permite que a empresa se concentre em outros desafios. Desta forma, tenha uma excelente planilha de projeção de caixa e utilize-a como metas a serem atingidas. 

Não vender, ser comprado 

Vale para os primeiros meses e para sempre. As melhores empresas não fazem esforços para vender. A experiência de consumo é tão vantajosa para o cliente que ele(a) faz a propaganda boca-a-boca, incentivando outros a comprarem voluntariamente o produto ou serviço. Para isto ocorrer, domine a aplicação de conceitos como Canvas da Proposta de Valor, Job to de done e design thinking. 

Processos para ter paz

O empreendedor vai apagar muitos incêndios nos primeiros meses e vários deles não deveriam nem ter ocorrido se a empresa tivesse processos a serem seguidos. Por isso, para se dedicar ao que é verdadeiramente estratégico para o negócio, o empreendedor deve se preocupar em criar processos simples para as atividades de rotina que devem ser seguidas pelos seus colaboradores.

Um ponto sozinho já ajuda. Dois, criam uma linha para crescer. Mas os três pontos aplicados simultaneamente formam um plano ter para paz, tranquilidade e felicidade com o seu negócio. 

Marcelo Nakagawa é professor de empreendedorismo do Insper.

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