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Tailandês está disposto a bater de frente com Starbucks

"Starbung Coffee", a barraca que Damrong tem há quase três anos, utiliza um emblema redondo de cor verde e letras brancas


	Loja do Starbucks: Starbucks opera cerca de 21 mil cafeterias em 62 países, 171 delas na Tailândia, e teve lucro de US$ 13,3 bilhões
 (marcopako/Creative Commons)

Loja do Starbucks: Starbucks opera cerca de 21 mil cafeterias em 62 países, 171 delas na Tailândia, e teve lucro de US$ 13,3 bilhões (marcopako/Creative Commons)

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Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2013 às 15h08.

Bangcoc - Damrong Maslae, proprietário de uma barraquinha de café e outras bebidas em Bangcoc, está disposto a brigar nos tribunais com a multinacional Starbucks, que o acusa de copiar seu logotipo.

"Starbung Coffee", a barraca que Damrong tem há quase três anos, utiliza um emblema redondo de cor verde e letras brancas, com duas estrelas acompanhadas por uma meia-lua dos lados e no centro a esfinge de um muçulmano que serve café sobre um fundo negro.

"O logotipo foi criado para mim por um amigo que utilizou meu apelido, "Bung", e vários símbolos da religião islâmica, como a cor verde, a lua e a estrela", declarou a Agência Efe o empresário, pai de seis filhos e natural da província de Krabi.

Ano passado, a empresa americana solicitou por escrito que ele mudasse o emblema do negócio por considerá-lo uma cópia da marca utilizada pelo Starbucks de 1992 até início de 2011.

Diante da perseverança de Damrong, os advogados que representam a multinacional na Tailândia decidiram, em setembro, recorrer aos tribunais. A primeira audiência acontece na próxima segunda- feira.

O Starbucks pede uma indenização de 300 mil bat (mais de US$ 9.600) com 7,5% de juros, mais o pagamento das custas processuais.

Atraídos por esta rocambolesca história, dezenas de curiosos e turistas vão todos os dias tirar fotos junto ao triciclo-cafeteria, que geralmente fica nas imediações do bairro onde se hospedam milhares de mochileiros em Bangcoc, e mostrar apoio a Damrong.

"É estúpido e amoral que uma empresa que ganha a cada ano centenas de milhões de dólares queira algum dinheiro de uma pessoa que vende café na rua. Estas disputas jurídicas pioram a imagem das multinacionais", opinou Steve Jefferson, turista que está passeando pelo sudeste asiático.

"Os incomoda que o café comprado aqui é melhor e de mais qualidade que o que eles oferecem em seus estabelecimentos, para não falar dos preços tão exagerados", criticou Tim Smith, que encontrou a loja após ler a história na imprensa local.

"Desde que começou a correr minha história as pessoas tem vindo mais aqui, mas nos melhores dias quando muito consigo vender entre 100 e 150 unidades", contou Damrong, cujo café custa 20 bat (US$ 0,64).

O empresário tailandês afirma que lutará até o final para manter a marca de seu estabelecimento. "Não vou a fugir e não tenho suficiente dinheiro para pagar a multa. Irei à prisão se a justiça determinar", disse a Agência Efe este tailandês de 44 anos, que poderia enfrentar até dois anos em prisão se for considerado culpado.

A Starbucks opera cerca de 21 mil cafeterias em 62 países, 171 delas na Tailândia, e teve lucro de US$ 13,3 bilhões. 

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