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Startup Squid, de marketing de influência, compra curitibana Duopana

Empresa de Curitiba tem uma plataforma de construção de sites e comunidades digitais; valor da transação não foi divulgado

Felipe Oliva, fundador da Squid: a construção e gestão de comunidades digitais são a próxima tendência no mercado de marketing (Squid/Divulgação)

Felipe Oliva, fundador da Squid: a construção e gestão de comunidades digitais são a próxima tendência no mercado de marketing (Squid/Divulgação)

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Carolina Ingizza

Publicado em 24 de abril de 2020 às 07h00.

Última atualização em 24 de abril de 2020 às 07h00.

A startup Squid, especializada em marketing digital, anuncia a compra da empresa curitibana Duopana, de gestão de comunidades online. A aquisição, que estava sendo negociada desde o final de 2019, foi concluída há uma semana, por preço não divulgado. Os funcionários da empresa adquirida serão incorporados à operação da startup e seu fundador, Luciano Kalil, se tornou sócio do grupo e irá trabalhar na elaboração de novos produtos. 

A Squid é especializada em marketing de influência e coordena campanhas de grandes marcas com influenciadores. A empresa, fundada em 2014 por um grupo de engenheiros formados na Universidade de São Paulo, faturou cerca de 27 milhões de reais em 2019. Entre seus mais de 250 clientes, estão Magazine Luiza, C&A, Spotify, Danone e Bradesco. 

Com a aquisição da Duopana, a startup adiciona mais um produto ao seu portfólio. A empresa de Curitiba é dona de uma ferramenta customizável que permite que grandes empresas criem comunidades online sobre os mais diversos temas. “O futuro da comunicação para mim é esse. As pessoas podem consumir conteúdo do jeito que elas quiserem”, afirma Felipe Oliva, fundador e diretor de estratégia da Squid. 

Ao organizar o debate fora das redes sociais, as marcas conseguem controlar melhor os dados de consumo do conteúdo que é produzido. Outra vantagem das comunidades é que a empresa não precisa produzir todo o conteúdo. Nos grupos, outros especialistas podem compartilhar seu conhecimento com o restante dos usuários, mediante aprovação do moderador. Como acontece na Comunidade Sebrae, em que empreendedores publicam artigos e trocam experiências sobre negócios. 

“A empresa sai do papel de produtora e passa a ser curadora de conteúdo, como autoridade no assunto”, diz Oliva. De acordo com ele, a meta da Squid é continuar a gerar valor para os anunciantes e os mais de 30.000 influenciadores qualificados de sua base. O projeto da startup prevê uma migração do modelo de portal de conteúdo, que clientes como Ambev e Unilever já possuem, para o formato de comunidade. 

Não há limite para o número de comunidades de uma marca. Um banco, por exemplo, pode ter uma comunidade para estudantes universitários, outra para empresários e uma terceira para investidores. O objetivo é construir um grupo fiel e engajado no conteúdo. Conforme isso acontece, é possível monetizar os acessos com a venda de cursos online. 

Neste momento em que setores como e-commerce e ensino à distância crescem, com a pandemia causada pelo novo coronavírus, as marcas precisam aprender novas estratégias de direcionamento de tráfego digital — favorecendo soluções como a da Duopana.

A aquisição da empresa agora pode ajudar a Squid a terminar 2020 com o faturamento projetado de 50 milhões de reais, mesmo com a crise.  “Vários clientes estão revendo estratégias. Nosso papel é mostrar para eles onde estão as oportunidades”, afirma Oliva. 

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