Raphael Pinho, Marcus Buaiz e Rafael Coca, fundadores da Spark: empresa fez campanhas para marcas como Via Varejo, Itaú, Mastercard, Nestlé, Unilever e Ambev (Ariel Martini/Divulgação)
Carolina Ingizza
Publicado em 3 de julho de 2020 às 15h30.
Última atualização em 3 de julho de 2020 às 19h06.
A pandemia de coronavírus deixou a sociedade mais conectada. Com pessoas passando cada vez mais horas do dia em redes sociais e as lives ganhando espaço no mundo do entretenimento, as marcas precisaram adaptar suas campanhas para o digital. Uma empresa que se beneficia desse movimento é a Spark, especializada em gerir e desenvolver projetos para marcas usando influenciadores digitais.
Em plena pandemia, a empresa recebeu um aporte de 8 milhões de reais liderado pela gestora de investimentos Apex Partners. “A Spark se destacou em nossa curadoria especialmente pelo crescimento exponencial que o segmento de marketing de influência vem apresentando no país”, diz Fernando Cinelli, presidente da gestora.
A empresa, fundada em 2015 pelos publicitários Rafael Coca e Raphael Pinho, ao lado do empresário Marcus Buaiz, apoia agências e marcas no desenvolvimento de campanhas digitais. Com um software próprio, consegue identificar os influenciadores adequados para o projeto, assim como mensurar dados de engajamento e de perfil da audiência. “Nós unimos nosso expertise profissional, do lado publicitário da carreira, e desenvolvemos uma tecnologia inovadora para o mercado”, diz Raphael Pinho.
Desde sua fundação, já fez mais de 2.500 projetos com influenciadores digitais para anunciantes como Via Varejo, Itaú, Mastercard, Nestlé, Unilever e Ambev. A companhia cresceu 60% no primeiro trimestre de 2020 em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Com o aporte, planeja ampliar a oferta de serviços ligados ao mundo de influência digital e abrir novas áreas de negócios. “O mercado brasileiro cresce muito acima dos mercados no restante da América Latina. Vemos muito potencial de consolidação e de crescimento. O plano agora, uma vez capitalizados, é abrir novas áreas de negócios, capacitar profissionais e avaliar possibilidades de fusões e aquisições”, diz Rafael Coca.
A rodada acontece após os sócios recomprarem suas ações do grupo colombiano de marketing Fluvip, que em 2016 adquiriu parte da brasileira. Apesar da separação dos negócios, a Spark mantém um acordo com a Fluvip para executar projetos nos escritórios que a empresa possui nas principais capitais da América Latina.
Este ano, com retomada do controle da companhia e com o aporte, a empresa planeja crescer 30% e fechar 2020 com faturamento acima de 50 milhões de reais. “Nosso segmento seguiu crescendo mesmo diante de um cenário macro extremamente desafiador”, afirma Coca.