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Startup ‘renova’ ervilhas amarelas de olho em mercado vegano

Essa é a visão da Benson Hill, startup de tecnologia de alimentos que anunciou um plano para elaborar ervilhas amarelas proprietárias, não geneticamente modificadas e rastreáveis

Benson Hill: A ervilha amarela é a fonte de proteína de crescimento mais rápido para essas alternativas à carne (Evgeniia Siiankovskaia/Getty Images)

Benson Hill: A ervilha amarela é a fonte de proteína de crescimento mais rápido para essas alternativas à carne (Evgeniia Siiankovskaia/Getty Images)

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Bloomberg

Publicado em 11 de agosto de 2021 às 11h44.

Por Kim Chipman, da Bloomberg

A ervilha amarela, leguminosa popular nos Estados Unidos que alimentou soldados na Segunda Guerra e agora é um componente essencial na expansão do mercado de carne fake, há muito tempo precisa de uma nova versão.

Essa é a visão da Benson Hill, startup de tecnologia de alimentos que anunciou um plano para elaborar ervilhas amarelas proprietárias, não geneticamente modificadas e rastreáveis. Por meio da tecnologia de inteligência artificial e trabalhando com agricultores, a empresa pretende entrar no mercado com as novas ervilhas em três a cinco anos, disse o CEO Matt Crisp em entrevista.

O objetivo é chegar a ingredientes com melhor sabor e alto teor de proteína para a venda nos mercados de alimentos à base de plantas para humanos e animais de estimação. A ervilha amarela é a fonte de proteína de crescimento mais rápido para essas alternativas à carne, um mercado que deve movimentar US$ 140 bilhões globalmente até 2029, acima dos US$ 14 bilhões em 2019.

A Benson Hill, que deve abrir o capital neste trimestre, planeja elevar a proteína da ervilha amarela de 20% a 25% para mais de 30%. Isso ajudaria a reduzir o processamento, que consome muita água e energia, disse Crisp. Melhorar o sabor pode resultar em menos sódio necessário para mascarar sabores “desagradáveis”.

A produção de ervilhas amarelas e verdes dos EUA aumentou durante a Segunda Guerra Mundial, quando os grãos foram amplamente usados para alimentar soldados americanos no mundo todo. A produção se estabilizou entre 1948 até o início dos anos 2000, quando a demanda por alimentos e bebidas à base de vegetais deu um salto, disse Tim McGreevy, CEO do USA Dry Pea & Lentil Council em Idaho.

“Com inovação e foco em alimentos ecológicos, acho que veremos um aumento da demanda por essas culturas”, disse McGreevy.

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