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Startup que passou em seleção mais difícil que Harvard tem nova aceleração

O Brasil é um de principais mercados para a startup, com 300 mil usuários, número que cresceu 10 vezes no último ano

 (Cambly/Divulgação)

(Cambly/Divulgação)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 8 de janeiro de 2019 às 06h00.

Última atualização em 8 de janeiro de 2019 às 07h49.

São Paulo - A startup de cursos de inglês Cambly foi selecionada para um novo desafio. Depois de passar pela aceleração da Y Combinator, famosa aceleradora do Vale do Silício, nos Estados Unidos, que possui uma seleção ainda mais difícil do que a da Universidade de Harvard, ela entrou em um novo programa de aceleração.

Foi uma das 100 startups a entrar na primeira turma do YC's Growth Program, da Y Combinator para empresas mais maduras e sólidas, que queiram alcançar o primeiro investimento de série A, valor normalmente mais alto e voltado a startups prontas para se expandir. A aceleradora também investiu em empresas como Airbnb e Dropbox, entre outros.

"A startup saiu muito mais fortalecida da primeira rodada de aceleração e recebeu um investimento importante para seu desenvolvimento. Esperamos que ela dê um novo salto", afirma Carolina Zarur, diretora da Cambly para o Brasil.

A empresa foi fundada em 2014 por dois engenheiros do Google, Sameer Shariff e Kevin Law, em São Francisco, na Califórnia.

O aplicativo conecta pessoas que queiram aprender inglês com nativos, nascidos nos Estados Unidos, Canadá, Austrália ou Inglaterra. Professores experientes e profissionais de diferentes áreas oferecem aulas de conversação. O aluno pode reservar aulas sempre com o mesmo professor ou com profissionais diferentes.

O Brasil é um de seus principais mercados para a startup - está atrás apenas da Arábia Saudita. Por aqui, são 300 mil usuários, número que cresceu 10 vezes no último ano. A empresa chegou ao país em 2016, quando recebeu um investimento "semente", para startups ainda em desenvolvimento, e expandiu seu negócio para operações na Arábia Saudita, China, Japão, Coreia, do Sul, Turquia e Rússia.

Foi nesse ano também que a brasileira Carolina Zarur chegou à companhia para comandar a operação do Brasil. Para a startup, a presença de uma diretora regional ajuda a acelerar a expansão, já que cada região tem suas particularidades. No Brasil, por exemplo, é comum pagar a assinatura do aplicativo por meio de boletos, o que não ocorre em outros países. Também há um canal de marketing e equipe de atendimento exclusivos para o país.

Versão Kids

Além da expansão internacional, a startup também busca crescer por meio de uma nova versão de seu aplicativo, voltada para crianças. "Percebemos que muitas crianças já usavam o aplicativo para aulas de inglês, a partir das contas dos pais", afirma Zarur.

A Cambly selecionou professores que já tinham experiência com aulas para crianças e oferece treinamentos para adequar os métodos de ensino.

As aulas também ficaram mais curtas, com apenas 30 minutos, e mais didáticas, com mímicas e reforços visuais, como personagens e desenhos. Os professores também podem desenhar na tela com o mouse, para ajudar no ensino. Todas as aulas são gravadas e podem ser enviadas para os pais.

Por trás da empreitada do Cambly Kids está a brasileira Zarur, e o Brasil é um dos primeiros países a receber a nova versão.

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