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Startup Flapper, de voos executivos, capta R$ 2,5 mi para expandir rotas

A empresa, fundada em 2016, permite que clientes comprem passagens para voos executivos compartilhados ou fretem aviões

Paul Malicki, presidente da Flapper: durante a pandemia, a startup brasileira cresceu 200% (Pedro Vilela//Divulgação)

Paul Malicki, presidente da Flapper: durante a pandemia, a startup brasileira cresceu 200% (Pedro Vilela//Divulgação)

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Carolina Ingizza

Publicado em 12 de novembro de 2020 às 16h43.

Última atualização em 13 de novembro de 2020 às 13h05.

A startup Flapper, conhecida por simplificar o acesso aos voos executivos, acaba de receber um aporte de 2,5 milhões de reais. A rodada de investimentos foi feita na plataforma de crowdfunding SMU, e 191 investidores apostaram no negócio. Com o capital, a startup pretende investir na expansão das suas rotas nacionais e internacionais.

A empresa foi fundada em 2016 por Paul Malicki (ex-sócio da Easy Taxi), Arthur Virzin, Iago Senefonte e William Oliveira (os três do time de desenvolvimento da Qiwi Brasil). Na Flapper, eles criaram um modelo de negócio inovador que lembra o do Uber. Por meio da plataforma da empresa, os clientes podem comprar passagens áreas para voos executivos compartilhados ou fretar seus próprios aviões.

Na pandemia, a startup passou a atuar no segmento corporativo, oferecendo voos de carga e médicos. Além da entrada no novo mercado, a empresa também se beneficiou do declínio no número de voos comercias das grandes companhias áreas, absorvendo parte dessa demanda. Só em outubro, foram mais de 40.000 cotações feitas na plataforma, uma alta de 509% em relação ao mesmo mês de 2019.

Impulsionada pelo crescimento de 200% no faturamento durante a crise, a startup decidiu que era hora de alçar voos maiores e, para isso, foi buscar um investimento externo. Parte do capital necessário foi obtido por meio do crowdfunding. Em entrevista à EXAME, Malicki diz que escolheu se aventurar na modalidade para praticar para a abertura de capital da empresa, que ele pretende fazer nos próximos 2 ou 3 anos.

“No crowdfunding, você tem mais de 100 investidores, toda hora alguém faz perguntas e questiona o negócio. É um bom exercício, todas as empresas que querem fazer um IPO deveriam considerar”, diz o empreendedor.

Segundo Rodrigo Carneiro, presidente da SMU, o investimento da Flapper é inédito, pois foi feito com a emissão de debentures conversíveis — o que significa que, no futuro, os investidores terão a possibilidade de receber ações da empresa. “Para o investidor é uma grande oportunidade, não é comum encontrar uma empresa que cresceu 200% em 2020 com esta situação de pandemia”, afirma Carneiro.

O investimento vai permitir que a Flapper mantenha seu ritmo de crescimento e lance sua operação no exterior. A empresa foi criada em São Paulo e já tem escritórios em Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Nos próximos meses, deve abrir os mercados argentino, chileno e mexicano, além de lançar rotas adicionais para alguns dos mais de 2.000 aeroportos que não estão na aviação comercial no Brasil.

Hoje, já são mais de 200.000 usuários na plataforma da startup. A meta de Malicki é, no longo prazo, ter mais de 2,3 milhões de clientes apenas no Brasil e liderar o mercado de fretamento e compartilhamento de voos na região.

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