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Startup Explicaê oferece aulas online para alunos da rede pública paulista

Empresa de Sergipe tem uma plataforma de ensino à distância para estudantes do ensino médio e pré-vestibular

Gil Vieira, Nicolas Matos, Thyago Otoni, David Barretto e Bruno Oliveira, sócios da Explicaê: startup fundada em 2016 oferece o conteúdo do Ensino Médio em uma plataforma digital (Explicaê/Divulgação)

Gil Vieira, Nicolas Matos, Thyago Otoni, David Barretto e Bruno Oliveira, sócios da Explicaê: startup fundada em 2016 oferece o conteúdo do Ensino Médio em uma plataforma digital (Explicaê/Divulgação)

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Carolina Ingizza

Publicado em 27 de maio de 2020 às 15h30.

Última atualização em 27 de maio de 2020 às 19h02.

Uma startup de Sergipe está ajudando o governo estadual de São Paulo a continuar com as atividades escolares para os mais de 1,5 milhão de estudantes do Ensino Médio da rede pública. A Explicaê, que possui uma plataforma digital que ajuda os alunos a se preparar para vestibulares como o Enem, foi uma empresas selecionadas por um edital público do governo que buscava soluções tecnológicas para a educação durante a crise do coronavírus.

A plataforma da Explicaê oferece conteúdos escolares em vários formatos diferentes para tentar captar a atenção dos estudantes. Os vídeos sobre cada assunto duram, em média, 12 minutos e utilizam uma linguagem simplificada e bem-humorada. Há também conteúdos textuais, divididos em mais de 3.000 apostilas próprias, e exercícios para cada um dos temas. “Colocamos o aluno como grande foco, entendemos a demanda dele”, afirma Gil Vieira, sócio e diretor pedagógico da startup.

Os estudantes da rede pública paulista têm acesso ao material desde o dia 4 de maio na plataforma própria da empresa e no aplicativo governamental Centro de Mídias da Educação de São Paulo. Os professores podem acompanhar a evolução dos estudantes com relatórios e gráficos disponibilizados pela ferramenta. “É uma parceria que nós dá um orgulho gigantesco”, diz o fundador e diretor de operações da empresa, Bruno Oliveira.

Inicialmente a parceria foi fechada para 60 dias, mas pode continuar até dezembro. Para dar conta da demanda adicional de 1,5 milhão de estudantes, a empresa ampliou sua equipe em 60%, para garantir que todos os alunos com dúvidas recebam atendimento adequado. Uma equipe pedagógica fica de plantão na Central de Relacionamento da startup todos os dias da semana, 24 horas por dia.

A experiência com o estado de São Paulo abriu outras portas. Hoje a startup de educação está negociando com Sergipe e mais seis estados para oferecer seus serviços para os alunos do setor público. Enquanto isso, para tentar atingir mais estudantes, a Explicaê oferece conteúdos gratuitos em seu canal no YouTube e dá descontos de até 80% no valor da mensalidade, que varia entre 11 e 50 reais por mês.

Com o crescimento da empresa, acelerado por conta da pandemia, a expectativa dos sócios é crescer em 2020 os mesmos 345% de 2019, quando a startup faturou 2 milhões de reais. “Estamos em um momento em que o ensino presencial percebeu que precisa se aproximar do online”, afirma Vieira. Depois da crise, os fundadores acreditam que as instituições de ensino vão tentar manter o contato com as empresas de tecnologia e pensar em modelos híbridos de educação.

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