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Startup EmCasa, de compra e venda de imóveis, recebe aporte de R$ 20 mi

É o terceiro aporte que a empresa, fundada em 2018, recebe. Participaram da rodada os fundos Monashees, NBV, Pear Ventures, Caravela e Meli Fund

Gustavo Vaz, cofundador e presidente da EmCasa: o empreendedor havia trabalhado antes na EasyTaxi, vendida para o Cabify em 2016 (EmCasa/Divulgação)

Gustavo Vaz, cofundador e presidente da EmCasa: o empreendedor havia trabalhado antes na EasyTaxi, vendida para o Cabify em 2016 (EmCasa/Divulgação)

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Carolina Ingizza

Publicado em 24 de setembro de 2020 às 14h00.

Última atualização em 24 de setembro de 2020 às 15h00.

A startup EmCasa, de compra e venda de imóveis, anuncia nesta quinta-feira, 24, o recebimento de um investimento de 20 milhões de reais. Participaram da rodada os fundos Monashees, NBV, Pear Ventures, Caravela e Meli Fund (do Mercado Livre). Antes desse aporte, a empresa já havia levantado 28 milhões de reais em rodadas anteriores com os fundos Monashees, Canary e Maya Capital. 

A EmCasa foi fundada em 2018 pelos empreendedores Gustavo Vaz e Lucas Cardozo, que se conheceram na faculdade de engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. A ideia para o negócio foi de Vaz, que havia trabalhado por quatro anos na EasyTaxi, vendida para a Cabify em 2016. 

Ao sair da empresa, o empreendedor sabia que queria continuar trabalhando no mercado de tecnologia. Após uma experiência de cinco meses em uma startup alemã de venda de carros em mercados emergentes, ele decidiu voltar ao Brasil e fundar sua própria startup.

O mercado imobiliário era familiar para o fundador. A mãe trabalhou como corretora de imóveis por muitos anos, então ele estava ciente dos problemas estruturais do setor. Como empresas maiores, como o QuintoAndar, já estavam atuando no aluguel, Vaz decidiu focar no mercado de compra e venda. No final de 2017, ele convidou seu amigo de faculdade, Lucas Cardozo, para embarcar na jornada com ele. 

A EmCasa criou uma plataforma de tecnologia que ajuda no processo digital de compra e vendas de imóveis. Em vez de ser uma experiência totalmente automatizada, a startup oferece um time de especialistas de venda que ajudam os compradores e vendedores ao longo do processo. Segundo a empresa, as propriedades na sua plataforma são vendidas até três vezes mais rápido que a média de mercado. 

Hoje são mais de 5.000 imóveis nas capitais de São Paulo e do Rio de Janeiro cadastrados na plataforma. A empresa oferece ferramentas para tour virtual 3D, se encarrega do marketing digital e assume a responsabilidade pela parte burocrática da transação, incluindo os registros em cartório e a checagem de documentos. A cada venda, ela recebe uma comissão que varia de 4,5% a 5%. 

Com os novos 20 milhões de reais, a empresa irá continuar a investir no desenvolvimento de tecnologia própria para ganhar escala. Segundo Vaz, o tamanho do investimento recebido ajuda a empresa a atingir seus objetivos sem prejudicar a sustentabilidade do negócio. "Nossa cultura sempre foi de criar uma empresa com indicadores financeiros saudáveis desde o começo", afirma o cofundador. 

Crescimento durante a crise 

No início da pandemia do novo cornavírus, em março e abril, houve uma queda de 50% no número de operações da EmCasa. Por ser um momento de grande incerteza, boa parte das negociações de compra de imóveis foi pausada pelos clientes. Aos poucos, com a recuperação do mercado, as vendas voltaram. 

Julho e agosto já foram meses com números recordes de transações para a startup. O volume transacionado por mês, que era de 20 milhões de reais antes da pandemia, já ultrapassa os 30 milhões. "Esse resultado é fruto de um investimento em tecnologia, como algoritmos de recomendação de imóveis e tour virtual, digitalização dos processos comerciais e inteligência imobiliária", afirma Vaz. 

Até o final do ano, o objetivo dos sócios é transacionar 50 milhões de reais por mês. Para 2021, eles planejam lançar novos produtos, como consórcios e empréstimos para compra de imóveis. O time, que está com cerca de 90 pessoas, também deve crescer para suportar os planos de expansão comercial. No ano que vem, a meta é entrar em novos bairros do Rio e de São Paulo, bem como começar a explorar novos estados e cidades. 

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