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Startup distribui mesada para funcionários recompensarem colegas

A startup Quero Educação criou um sistema diferente para motivar seus funcionários.

A startup Quero Educação, que criou um sistema de reconhecimento entre colegas (Foto/Divulgação)

A startup Quero Educação, que criou um sistema de reconhecimento entre colegas (Foto/Divulgação)

Mariana Desidério

Mariana Desidério

Publicado em 17 de outubro de 2017 às 06h00.

Última atualização em 17 de outubro de 2017 às 06h00.

São Paulo – A startup brasileira Quero Educação desenvolveu um sistema diferente para motivar seus funcionários. Ela distribui uma espécie de mesada no formato de pontos para cada colaborador, que por sua vez deve “depositar” esses pontos para colegas que tenham tido uma atitude digna de reconhecimento no trabalho.

A troca dos pontos – que receberam o nome de QueroCoins – é feita por um sistema desenvolvido pela empresa especialmente para isso, batizado de Praise. Cada funcionário recebe 50 pontos por semana.

Cada “depósito” feito deve ser justificado com base nos valores da startup, que tem como seu principal produto o Quero Bolsa, um portal focado em bolsas de estudo para universitários.

“Para depositar os pontos para um colega, o funcionário precisa definir uma pessoa, a quantidade de pontos, detalhar por que está reconhecendo aquele colega e alinhar a ação reconhecida a um dos valores da empresa”, explica Jonathan Prieto, que trabalha no setor de recursos humanos da empresa.

Os pontos acumulados podem depois ser trocados por benefícios como créditos de Uber, Netflix e jogos ou podem ser doados a causas sociais. No caso das doações, a startup se compromete a doar o mesmo valor oferecido pelo funcionário. Cada ponto vale 50 centavos.

Prieto foi o responsável por trazer essa ideia para a Quero Educação. “Eu trabalhei numa empresa no exterior que tinha um sistema parecido. Pude notar o impacto que isso causava na organização. Os colaboradores interagiam mais entre si, eram mais proativos, existia uma relação muito maior entre os setores, todo mundo era grato e feliz”, conta.

Quando voltou ao Brasil, Prieto resolveu propor o modelo no emprego novo. Com pouco mais de um mês de implementação, o sistema ainda precisa de mais tempo para gerar impactos mensuráveis em produtividade e motivação.

Porém, Prieto afirma que já é possível detectar alguns aspectos positivos. “Através da plataforma já identificamos líderes informais, e isso ajuda a tomar decisões estratégicas de forma a aproveitar essas lideranças”, afirma.

E completa: “Também vemos que, quando uma empresa cresce, manter a cultura e reforçar valores é mais difícil. A ferramenta nos ajuda a reforçar esses valores. As pessoas começaram a ver a importância deles, ver o que significam e viver mais esses valores. Não veem só como aquela coisa na parede".

A empresa tem hoje 230 funcionários e todos participam da troca de pontos. “A plataforma inclui todos os funcionários, de todos os níveis, e é muito legal ver o diretor reconhecendo a cozinheira”, comemora Prieto.

 

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