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Startup cria solução para transportar vacina da covid e fatura R$ 18 mi

Shield Company já trasportou milhões de unidades da vacina da covid-19 com caixa especial e tecnologia de acompanhamento inteligente

David Bueno, CEO da Shield: Caixas são usadas no transporte de vacinas da covid-19 (Shield/Divulgação)

David Bueno, CEO da Shield: Caixas são usadas no transporte de vacinas da covid-19 (Shield/Divulgação)

Mariana Desidério

Mariana Desidério

Publicado em 30 de março de 2022 às 08h00.

Última atualização em 1 de abril de 2022 às 10h59.

O transporte de vacinas da covid-19 pode ser complexo. As vacinas da Pfizer, por exemplo, precisam ser ficar à temperatura de -70 º C. Para facilitar esse trabalho, a startup brasileira Shield Company criou uma solução que já foi usada no transporte de ao menos 7 milhões doses de vacina até agora. A estimativa é que a tecnologia seja utilizada para transportar metade de todas as vacinas da Pfizer a serem distribuídas em 2022. “Garantimos a estabilidade da vacina por mais de 120 horas. Isso traz segurança e permite o uso de meios de transporte mais acessíveis, como o rodoviário”, diz David Bueno, CEO da Shield.

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Criada em 2019, a Shield atua no gerenciamento do transporte de material para a indústria farmacêutica, em especial nos desolamentos necessários às pesquisas clínicas. A empresa oferece um sistema que mede temperatura, umidade, geolocalização e identifica se houve queda ou abertura das embalagens que carregam esses materiais.

Além dessa tecnologia, ela também possui embalagens desenvolvidas especialmente para esse tipo de transporte, tanto com caixas para armazenagem do material em temperaturas específicas quanto com minicontaineres. “As embalagens disponíveis no mercado não tinham os requisitos necessários para serem usadas com a nossa tecnologia, então desenvolvemos a nossa embalagem, que usa elementos modernos e extremamente eficientes”, diz o empreendedor.

Ainda que as embalagens da Shield sejam modernas, elas precisaram de adaptações para transportar a vacina da covid-19. Como a temperatura necessária é muito baixa, foi preciso incluir uma terceira camada à embalagem, feita de um material resistente ao contato com gelo seco, e que garantisse que a temperatura se manteria por um longo período.

Para fabricar as embalagens, a Shield precisou adaptar e ampliar sua fábrica. Saiu de uma área de 500 metros quadrados em Cotia (interior de São Paulo) para uma área de 2,5 mil metros quadrados em Campinas (também no interior de São Paulo). Para isso, foram investidos 7 milhões de reais em 2021, após 3 milhões de reais investidos em 2020 para iniciar o negócio. Em 2022, o plano é investir mais 5 milhões de reais em desenvolvimento, produção e atualização de portfólio.

Até agora, a Shield produziu 660 embalagens voltadas para o deslocamento das vacinas, além de 50 minicontainers para essa finalidade. A Shield faturou 18 milhões de reais em 2021, sendo 10 milhões de reais em tecnologia, 8 milhões de reais com produtos, como as caixas e o minicontainer. A expectativa é chegar a 38 milhões de reais em 2022 – desses, 30% devem vir do transporte de vacinas. Hoje a companhia tem um equipe de cerca de 90 pessoas

A Shield nasceu dentro do Grupo DRS, uma empresa que trabalha com suporte à indústria farmacêutica e que faturou 108 milhões de reais em 2021. No final de 2021 a gestora Pátria Investimentos comprou 70% do DRS. 

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