Latas da Lovin: Marca de vinhos em lata capta 2,5 milhões de reais para crescer (Lovin/Divulgação)
Mariana Desidério
Publicado em 13 de abril de 2022 às 14h46.
A startup Lovin bateu o seu próprio recorde. Captou 2,5 milhões de reais em investimentos em apenas nove horas por meio da plataforma de crowdfunding Captable. Toda a captação aconteceu na última terça-feira (14). Essa é a segunda vez que a Lovin levanta investimento via crowdfunding. Na primeira rodada, a meta foi batida em 17 horas. O dinheiro será usado para expandir o negócio de vinhos em lata da startup. “A meta é crescer 100% esse ano”, diz João Sattamini, CEO da Lovin.
Fundada em 2020, em meio à pandemia, a Lovin quer mudar a forma como o brasileiro – em especial a brasileira – consome vinhos. A startup vende a bebida em lata, com o objetivo de simplificar o consumo. “A lata tem a facilidade de poder ser consumida em qualquer local, além de ser uma dose individual, a pessoa não precisa abrir uma garrafa inteira de vinho”, diz. A proposta gerou interesse principalmente no público feminino. Hoje 95% da base de clientes da Lovin são mulheres.
Além de inovar na embalagem da bebida, a Lovin também investe bastante nas plataformas digitais, com relacionamento direto com o consumidor, sem a intermediação do varejo. Por isso, tem forte presença nas redes sociais, com mais de 60 mil seguidores no Instagram, além de apostar nas vendas via e-commerce.
A marca terminou 2021 com uma base de clientes de 10 mil pessoas – crescimento de 130% em relação a 2020 -- e vende cerca de 160 mil latas ao ano. A conexão direta com o cliente ajuda a startup a ter agilidade para identificar tendências e lançar novos produtos desejados pelos clientes. A Lovin começou com dois produtos, hoje já são seis. As bebidas são produzidas em parceria com a vinícola Casa Perini.
Com o aporte, a meta é dobrar de tamanho em 2022. Para isso, a Lovin aposta de um lado em marketing online para reforçar sua marca e do outro na ampliação de sua presença em lojas físicas, bares e restaurantes. A avaliação é que, ainda que o digital seja um bom meio para manter a relação com o cliente, a presença no ponto físico é uma alavanca importante para o crescimento. Hoje a Lovin já está em redes como St. Marché, Natural da Terra e Sam’s Club.
A Lovin foi criada em julho de 2020 por um grupo de sete amigos: André Piccoli, Eduardo Glitz, João Paulo Sattamini, Daniel Skowronsky, Régis Montagna, Rudimar Pascoal e Fernando Kwitko. Em 2021, a startup fez sua primeira rodada de investimentos via Captable e levantou 2 milhões de reais. Pela plataforma é possível fazer investimentos mínimos de mil reais. Só na primeira captação, a Lovin ganhou cerca de 300 sócios investidores.
A avaliação dos fundadores é de que o modelo de crowdfunding é ágil e ajuda na divulgação do negócio. “Eles acabam se tornando embaixadores da marca. “Os próprios investidores acabam sendo embaixadores da marca e ela vai sendo difundida mais rapidamente”, diz Sattamini.