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Softex lança fundo de R$ 50 milhões para startups da indústria 4.0

O Fundo Quarta Revolução Industrial, feito em parceria com a Bertha Capital e M8 Partners, irá fazer aportes de 500.000 a 5 milhões de reais nas startups

Ruben Delgado, presidente da Softex: instituição executa vários programas de apoio a startups no Brasil, como Startup Brasil, Conecta Startup e Conexão Startup-Indústria (Softex/Divulgação)

Ruben Delgado, presidente da Softex: instituição executa vários programas de apoio a startups no Brasil, como Startup Brasil, Conecta Startup e Conexão Startup-Indústria (Softex/Divulgação)

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Carolina Ingizza

Publicado em 16 de dezembro de 2020 às 06h00.

Última atualização em 16 de dezembro de 2020 às 11h28.

De olho nas oportunidades da indústria 4.0, a Softex, organização que apoia startups brasileiras, em parceria com as gestoras Bertha Capital e M8 Partners, decidiu lançar um fundo de investimento para investir em startups do setor. 

Segundo Ruben Delgado, presidente da Softex, o fundo era o elemento que faltava para a organização poder ajudar startups iniciantes em todas as frentes. Hoje, a entidade é responsável por programas nacionais como o Startup Brasil e o Conexão Startup-Indústria. 

Com o novo fundo, chamado de Fundo Quarta Revolução Industrial, a Softex irá fazer investimentos de capital semente entre 500.000 e 5 milhões de reais em empresas de inovação. A meta dos gestores é captar 50 milhões de reais nos próximos quatro anos. 

Na primeira fase, 20 milhões de reais já foram captados e devem começar a ser investidos a partir do primeiro trimestre de 2021. Segundo Rafael Moreira, sócio da Bertha Capital, que tem como clientes empresas como Microsoft, Sabin, Porto Seguro e Multilaser, há um grupo de empresas comprometidas a investir no fundo. 

O Inova 4RI foi construído para ter como cotistas as empresas beneficiadas pela Lei de Informática Nacional, que dá vantagens fiscais a empresas de tecnologia que investem parte do seu faturamento em projetos de pesquisa e desenvolvimento nacionais. 

Para se adequar as normas estabelecidas na legislação, o fundo só irá fazer investimentos em empresas com faturamento médio máximo de 16 milhões de reais por ano, sempre adquirindo participação minoritária nas companhias. 

Do ponto de vista da tese de investimento, Moreira, da Bertha Capital, afirma que empresas com produtos e serviços que utilizam tecnologias como inteligência artificial, internet das coisas e computação em nuvem são fortes candidatas a receber investimento. 

Além da tecnologia, o fundo vai avaliar a experiência dos empreendedores, a qualidade do produto e a possibilidade de escala para definir os aportes. No total, os gestores devem investir entre 12 e 20 empresas, de modo que haja recursos para rodadas subsequentes, caso alguma investida se destaque e precise de mais capital. 

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