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SoftBank faz primeira investida no Chile, em startup de saúde

A SoftBank se juntou a DST Global Partners, QED Investors, Valor Capital e Endeavor Catalyst na rodada de financiamento que avaliou a novata sediada em Santiago em US$ 300 milhões

Softbank (Issei Kato/Reuters)

Softbank (Issei Kato/Reuters)

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Bloomberg

Publicado em 16 de junho de 2021 às 12h42.

Por Eduardo Thomson, da Bloomberg

A japonesa SoftBank Group, que investiu bilhões de dólares em startups latino-americanas nos últimos anos, deu sua primeira tacada no Chile, participando de uma rodada de financiamento de US$ 60 milhões para a Betterfly, que atua com tecnologia em saúde.

A SoftBank se juntou a DST Global Partners, QED Investors, Valor Capital e Endeavor Catalyst na rodada de financiamento que avaliou a novata sediada em Santiago em US$ 300 milhões, segundo a própria.

A Betterfly se descreve como uma empresa de tecnologia voltada para o segmento de seguros, ou “insurtech”. A companhia opera uma plataforma de benefícios digitais na qual as empresas recompensam funcionários com hábitos saudáveis, com aumento de apólices de seguro de vida sem custo e a opção de doar para diferentes causas. Entre os benefícios oferecidos estão consultas online, saúde mental, exercícios físicos, aconselhamento nutricional e educação financeira.

Já são mais de 300 empresas clientes e a taxa cobrada é de 2.990 pesos (cerca de US$ 4) por funcionário que ingressa no programa, explicou o CEO Eduardo Della Magiora em entrevista.

A Betterfly registrou forte crescimento durante o surto de coronavírus, à medida que as empresas prestam mais atenção ao bem-estar dos colaboradores. A startup começou a pandemia com cerca de 20 funcionários e agora tem 130. Esse número deve subir para 150 em breve.

A companhia vem trabalhando na expansão internacional nos últimos meses e usará o dinheiro captado para bancar o crescimento também fora do Chile.

“Já temos nosso country officer para o Brasil no Rio de Janeiro, que está montando nossa equipe e preparando nosso lançamento em poucos meses”, disse Della Magiora. “Vamos transferir nossa sede para Miami, que consideramos o hub de inovação perfeito para a expansão na América Latina.”

A Betterfly levantou US$ 18 milhões na rodada de financiamento série A em dezembro, então liderada pela QED. O fundo latino-americano da Softbank já investiu no Brasil, Colômbia, México e Argentina. A carteira de investimentos no Brasil inclui Banco Inter, Gympass, Quinto Andar, MadeiraMadeira e Creditas.

O setor de tecnologia da América Latina bateu recorde no número de operações de capital de risco no ano passado, de acordo com uma associação do segmento.

A chilena NotCo, que produz alimentos processados à base de plantas, recentemente alcançou avaliação de US$ 300 milhões. A maior transação envolvendo uma startup no Chile ocorreu em 2019, quando a Uber Technologies pagou US$ 459 milhões pelo controle acionário da Cornershop, empresa sediada em Santiago especializada na entrega de compras de supermercado.

Della Magiora diz que não está muito preocupado sobre quando alcançará o status de “unicórnio”, conferido a startups avaliadas acima de US$ 1 bilhão.

“Com a velocidade em que estamos crescendo e a enorme oportunidade que enxergamos em toda a região, acho que isso pode acontecer mais cedo ou mais tarde”, afirmou.

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