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SoftBank abre hub para startups e 50 entradas na América Latina

Por meio do Latin America Tech Hub, SoftBank trará companhias do portfólio mundial do conglomerado japonês para a região

Masayoshi Son, do SoftBank: grupo mexeu com cenário de capital de risco no Brasil (NurPhoto/Colaborador/Getty Images)

Masayoshi Son, do SoftBank: grupo mexeu com cenário de capital de risco no Brasil (NurPhoto/Colaborador/Getty Images)

Mariana Fonseca

Mariana Fonseca

Publicado em 2 de outubro de 2019 às 07h01.

Última atualização em 2 de outubro de 2019 às 15h53.

O conglomerado japonês SoftBank, dono do maior fundo de investimento em startups do mundo, está aumentando suas apostas na América Latina. A empresa anuncia hoje terá um hub próprio para startups, joint ventures e parcerias estratégicas na região.

Por meio do chamado Latin America Tech Hub, o SoftBank trará companhias do portfólio mundial do conglomerado japonês para a América Latina. O Tech Hub já começou a negociar com "múltiplas companhias do ecossistema SoftBank para explorar expansões na região", segundo comunicado do SoftBank. Investidas como Uber e WeWork operam há anos no Brasil.

Em cinco anos, a projeção é criar 50 joint ventures nesse sentido. Negócios como a OYO, rede de hotéis com diversos investimentos do SoftBank, já estão com diversas vagas abertas por aqui.

"Estamos animados em ajudar empresas do portfólio do Vision Fund a entrarem na América Latina", escreveu Rajeev Misra, presidente do SoftBank Investment Advisers. "O Tech Hub irá dar às nossas companhias o acesso a uma região de crescimento e oportunidades acelerados."

Quem irá liderar a iniciativa é o empreendedor serial Ralf Wenzel. Wenzel fundou empresas como a plataforma de delivery de alimentos Foodpanda. O negócio estava presente em 40 países até se unir com o alemão Delivery Hero, hoje uma empresa de capital aberto avaliada em 7,65 bilhões de dólares. Também criou o fundo de capital semente Tocororo Ventures. De acordo com comunicado do SoftBank, os empreendimentos de Wenzel se focam em mercados emergentes, como o Sudeste Asiático, o Oriente Médio e a própria América Latina. "A região apresenta um potencial inexplorado, com diversos setores próximos de disrupção", escreveu Wenzel no comunicado.

Apostas no Brasil

Os investimentos do conglomerado japonês de tecnologia, sozinho ou junto a outros fundos, já representam mais de 10% do volume mundial de aportes em startups vistos em 2019. Especificamente no Brasil, o Latin America Fund abocanhará uma fatia ainda maior de protagonismo.

O veículo aportou sozinho ou participou de um total de 1,318 bilhões de dólares em startups brasileiras até este momento de 2019, segundo apuração de EXAME. É o mesmo que toda a indústria de venture capital brasileira aportou no último ano, o que já havia representado um salto de 51% sobre 2017.

Até o momento, foram 150 milhões de dólares na Loggi, 300 milhões de dólares no Gympass, 231 milhões de reais na Creditas, 70 milhões de reais na Volanty (cerca de 17 milhões de dólares na época), 1 bilhão de reais no Banco Inter (cerca de 260 milhões de dólares na época), 250 milhões de dólares no Quinto Andar; e 110 milhões de dólares na MadeiraMadeira.

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