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Shark Tank terá versão brasileira; veja dicas dos tubarões

O modelo adotado em “Shark Tank – Negociando com Tubarões” é semelhante ao visto na edição americana, e contará com cinco investidores por episódio.


	“Shark Tank – Negociando com Tubarões”: Camila Farani, Robinson Shiba, João Appolinário, Cristina Arcangeli e Sorocaba
 (Divulgação)

“Shark Tank – Negociando com Tubarões”: Camila Farani, Robinson Shiba, João Appolinário, Cristina Arcangeli e Sorocaba (Divulgação)

Mariana Fonseca

Mariana Fonseca

Publicado em 19 de outubro de 2016 às 15h35.

São Paulo – O Shark Tank, conhecido programa de apresentação de ideias de negócio para investidores, ganhará uma versão brasileira.

O modelo adotado em “Shark Tank – Negociando com Tubarões” é semelhante ao visto na edição americana: empreendedores entram em uma sala com os investidores e apresentam sua ideia de negócio em três minutos – um procedimento conhecido como pitch. Veja alguns conselhos dos tubarões americanos para seu negócio neste link ou no pé desta matéria.

Eles também estipulam o valor de aporte que procuram, em troca de uma certa participação na empresa. No fim, empreendedores e investidores negociam e podem chegar ou não a um acordo.

EXAME.com acompanhou a exibição prévia do primeiro episódio e um bate-papo com os “tubarões” brasileiros – como são chamados os investidores do Shark Tank. O episódio será exibido nesta quinta-feira (13), no canal pago Sony, às 21h.

Para a primeira temporada, de 13 episódios, mais de 1.500 empreendedores participaram da seleção prévia do programa. O critério de seleção foi apresentar negócios sólidos e, que ao mesmo tempo, tivessem potencial de entretenimento.

Alguns dos empreendimentos apresentados no primeiro episódio envolvem os setores de adubo orgânico, alimentação saudável para crianças, próteses ortopédicas e roupas para ciclistas urbanas.

Tubarões

Para a primeira temporada, haverá quatro tubarões fixos e outros dois revezarão a quinta cadeira do programa. Segundo a produção do programa, na seleção dos investidores foram levados em consideração tanto o potencial de entretenimento quanto a diversidade de investimentos entre os tubarões.

Nas posições fixas estão Cristina Arcangeli, empreendedora serial e dona de marcas como a Beauty’in, de alimentos funcionais; João Appolinário, fundador da Polishop; Robinson Shiba, presidente das redes de fast food China in Box e Gendai; e Sorocaba, cantor sertanejo responsável pelas carreiras de cantores como Marcos e Belutti, Luan Santana e Lucas Lucco e investidor em casas noturnas, estúdios de gravação, redes de fast food e gravadoras.

Dois investidores revezarão a última cadeira do programa: Camila Farani, presidente da Gávea Angels e co-fundadora do Mulheres Investidoras Anjo (MIA), e Carlos Wizard, fundador do Grupo Multi Educação (Skill, Wizard e Yázigi) e dono da rede de produtos naturais Mundo Verde.

Appolinário, Arcangeli, Farani, Shiba e Sorocaba estavam presentes na exibição prévia do primeiro episódio e responderam qual a principal dica que dariam para um empreendedor que procura um investimento-anjo.

Dicas

1 - Valuation

A investidora Cristina Arcangeli diz que o que mais a incomodou nos pitches dos empreendedores foi a elaboração do valuation do negócio com base no tamanho do mercado de atuação. "Onde os empreendedores mais têm que se dedicar é como fazer esse valuation. Muitos negócios não foram concluídos por conta dessa avaliação ter sido completamente errada", conta.

2 - Sócios

João Appolinário ressaltou a importância de escolher sócios complementares ao seu empreendimento - e não pensar apenas no dinheiro que eles trarão. O empreendedor precisa de ajuda em todas as áreas da empresa, mas é preciso identificar qual a área mais crítica ao procurar um investimento-anjo. "Fica muito mais fácil dar certo quando você busca um investidor que tenha sinergia com seu negócio", afirma Appolinário. "Dinheiro tem sobrando. O mais difícil é identificar bons tocadores do negócio", conclui o fundador da Polishop.

3 - Conhecimento

Já Robinson Shiba, do China in Box, ressaltou um aspecto comportamental do empreendedor: é preciso acreditar na sua empresa, apoiando-se em pesquisa para isso. "Todo investidor busca o quão convicto o empreendedor está do negócio dele. E, para mim, a convicção só é adquirida através do conhecimento", afirma o empreendedor. "Se ele estudar bem o mercado, souber todos os nichos e os diferenciais competitivos que ele leva ao investidor correto, provavelmente vai dar negócio e os dois irão prosperar tranquilamente."

4 - Gerenciamento

Camila Farani, do Mulheres Investidoras-Anjo, alerta: veja se você está preparado para ter sócios que não necessariamente vêm para microgerenciar seu negócio ou microexecutar tarefas. E, quando você efetivamente delega, você tem que ter o cuidado de também entender sobre o que foi delegado. "Quando você delega e não entende, você fica à mercê do terceiro que está fazendo a tarefa", afirma a investidora-anjo.

5 - Crescimento

Já Sorocaba conta que muitos empreendedores, antes de terem um negócio consolidado em sua região de atuação, já pensam em expandir para o Brasil inteiro. "Eu faço paralelos disso com artistas. Antes do artista estourar em uma cidade, dez cidades, dez estados, ele quer estourar no país inteiro", afirma. "Há várias dicas, mas a principal é você estar preparado, estudar muito seu negócio, criar paralelos e ter um plano de negócios para seu projeto."

"Shark Tank – Negociando com Tubarões": primeiro episódio
Data:
13/10
Horário: 21h
Onde: canal Sony


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