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Da Redação
Publicado em 4 de novembro de 2010 às 08h47.
Rio de Janeiro - O setor de franchising brasileiro nunca esteve tão aquecido, desde que o sistema de franquia foi iniciado no Brasil há cerca de 30 anos. A afirmação é do presidente da seccional Rio de Janeiro da Associação Brasileira de Franchising (ABF), Alain Guetta. Ele acrescentou que o setor passou incólume à crise financeira internacional no ano passado.
“É importante entender que o franchising cresce muito quando a economia está bem mas, por incrível que pareça, ele também cresce quando a economia não vai tão bem assim. Porque, bem ou mal, é uma opção de empregabilidade, de ocupabilidade que o franchising oferece. Afinal, a franquia é uma espécie de oferta de um negócio de risco intermediário, entre o assalariado puro e o empreendedorismo selvagem”.
O setor realiza, a partir de hoje (4), a edição 2010 da Rio Franchising Business, uma das dez maiores feiras de franquia da América Latina. O evento será realizado no Riocentro. Na edição 2009, foram gerados mais de R$ 30 milhões em negócios. A previsão este ano é ultrapassar R$ 40 milhões, disse Guetta.
O Rio é o segundo maior mercado de franquias no Brasil e detém 20% do total. Guetta acredita que a realização dos megaeventos esportivos no país e no estado do Rio a partir de 2011, como os Jogos Mundiais Militares, a Copa das Confederações, a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas, impulsionará ainda mais o setor.
"As grandes redes, quando pensam em franquear seu negócio, quando pensam em Brasil, o que vem à mente é o Rio de Janeiro. E esses grandes eventos vêm, sem dúvida, marcar ainda mais essa posição privilegiada para o franqueado”, afirmou.
Em 2009, o setor cresceu 14,7% em relação a 2008, movimentando R$ 63,12 bilhões. Em 2010, Guetta trabalha com a perspectiva de crescimento do setor em âmbito nacional em torno de 18%. A estimativa abrange o número de redes e de unidades franqueadas, além de faturamento e emprego.
A atividade lidera a criação de postos de trabalho, sendo responsável pela geração de 700 mil empregos diretos no país. A expectativa é de expansão desse indicador nos próximos anos. “Porque franquia tem muito a ver com a própria essência multiplicadora do negócio. Quando você abre uma franquia, carrega os empregos a ela pertinentes”.
Os segmentos de calçados e acessórios, alimentação e serviços de modo geral, englobando educação, treinamento, academias, foram os que lideraram o franchising brasileiro em 2009. Alain Guetta não tem dúvida que os eventos esportivos vão consolidar as franquias nessas áreas, em especial a de serviços. “Especialmente o ensino de inglês, que tem um boom [explosão] como poucas vezes foi visto”.