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Sebrae-SP: faturamento das MPEs volta a subir em maio

Na comparação com maio de 2010, o faturamento das MPEs registrou aumento real de 6,1% em maio deste ano

O Sebrae-SP estima que o faturamento das micro e pequenas empresas em maio deste ano foi de R$ 27,6 bilhões (Divulgação)

O Sebrae-SP estima que o faturamento das micro e pequenas empresas em maio deste ano foi de R$ 27,6 bilhões (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 7 de julho de 2011 às 16h29.

São Paulo - Após registrar queda em abril, depois de 18 meses seguidos de alta, o faturamento das micro e pequenas empresas (MPEs) paulistas voltou a crescer em maio, segundo dados da pesquisa Indicadores de Conjuntura, do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP).

Na comparação com maio de 2010, o faturamento das MPEs registrou aumento real de 6,1% em maio deste ano. O comércio foi o setor que teve o melhor desempenho (alta de 8,7%), seguido pela indústria (3,7%) e serviços (2,9%). De acordo com o Sebrae, entre os fatores que contribuíram para os resultados positivos estão a evolução favorável do emprego e renda e o fato de maio de 2011 ter um dia útil a mais do que maio do ano passado. Na comparação de maio com abril deste ano, a receita das MPEs apresentou expansão real de 7,7%, beneficiada pelo Dia das Mães.

Por regiões, as empresas do Grande ABC tiveram o maior aumento no faturamento (9,3%), na comparação com maio de 2010. Na capital paulista, o faturamento também foi positivo, com crescimento de 6,7%. As empresas do interior e da Região Metropolitana também apresentaram expansão na receita, de 5,6% e 6,5%, respectivamente.

O Sebrae-SP estima que o faturamento das micro e pequenas empresas em maio deste ano foi de R$ 27,6 bilhões. O cálculo é feito multiplicando-se o faturamento médio individual das empresas (de R$ 19.235,80 no mês) pelo total de companhias no Estado (1,32 milhão).

"A manutenção do crescimento de faturamento das MPEs é uma boa notícia em tempos de inflação elevada e previsões mais modestas de crescimento da economia. O empresário precisa ficar atento ao controle do seu negócio, para garantir fôlego para o segundo semestre, visto que se a desacelaração econômica produzir efeitos negativos no rendimento da população, isso deverá refletir diretamente numa queda no consumo", destaca Bruno Caetano, diretor superintendente do Sebrae-SP.

Expectativas

Com o cenário de inflação elevada e menor crescimento econômico, a expectativa dos empresários para os próximos seis meses vem se deteriorando. Em maio, 34% acreditavam que o faturamento aumentaria. Em junho, esse índice caiu para 32%. Já o porcentual daqueles que esperavam estabilidade subiu de 48% para 52%. Os mais pessimistas, para os quais o faturamento deve cair no futuro próximo, eram 4% em junho, de 5% em maio.


Sobre a economia brasileira, as perspectivas dos microempresários se mantiveram praticamente estáveis entre maio e junho. O índice dos otimistas caiu de 28% para 27%. Os pessimistas recuaram de 13% para 12%. Os que esperam manutenção do ritmo da economia subiram de 49% para 51%.

A pesquisa Indicadores de Conjuntura é realizada mensalmente pelo Sebrae-SP, com apoio da Fundação Seade. O levantamento é feito em 2,7 mil MPEs de todo o Estado, nos segmentos de indústria (11%), comércio (57%) e serviços (32%).

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