Brasília - O Sebrae vai destinar R$ 6 milhões para projetos de recuperação econômica de empresas de cidades atingidas pelas fortes chuvas do início do ano na Região Serrana do Rio de Janeiro.

O valor será disponibilizado em quatro parcelas - a primeira já foi liberada. O restante será destinado mediante a comprovação de 80% da execução de ações com a parcela anterior. Os recursos devem beneficiar 10 mil empresas da Região Serrana.

A ajuda às empresas dos sete municípios prejudicados pelas chuvas será tema do evento ‘Recuperação Econômica dos Municípios da Região Serrana’, que acontece nesta sexta-feira (18), às 9h, no Hotel Alpina, em Teresópolis (RJ). O presidente do Sebrae, Luiz Barretto, e o superintendente da instituição no Rio de Janeiro, Cesar Vasquez, participarão do evento.

“As micro e pequenas empresas terão papel fundamental na retomada econômica da região serrana do Rio de Janeiro, por isso o Sebrae não tem medido esforços para auxiliar os pequenos empresários neste momento tão delicado”, ressalta Luiz Barretto.

Desde janeiro, a instituição desenvolve ações nas regiões atingidas, muitas delas em parceria com instituições públicas federais e estaduais. Também foram instalados nos municípios postos de atendimento e criadas condições diferenciadas para os empresários acessarem o Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe).

Plano estratégico

"Além desse projeto emergencial, já está em fase de elaboração um Plano Estratégico de Desenvolvimento Econômico Territorial, com ações de médio e longo prazos para retomar a economia de forma continuada e sustentada”, ressalta o gerente de Desenvolvimento Territorial do Sebrae, André Spínola.

O plano terá apoio financeiro e técnico do Sebrae, além de uma rede de cooperação e governança. As ações também contarão com apoio do Consórcio Serra Carioca, que será lançado durante o evento de sexta.

O consórcio vai integrar os municípios de Petrópolis, Teresópolis, Nova Friburgo, Bom Jardim, Sumidouro, Areal e São José do Vale do Rio Preto. Nessas localidades, mais de 98% dos negócios formais são micro e pequenas empresas, que atuam na agricultura, indústria e nos setores de comércio, serviços e turismo.

Informações qualificadas

O plano prevê o levantamento de informações qualificadas sobre o território a ser trabalhado, articular uma rede de cooperação e governança público-privada e implementar a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa nos municípios atingidos.

Também estão previstas capacitações dos agentes de desenvolvimento e dos funcionários das prefeituras, organização e reorganização de setores prioritários, uso do poder das compras governamentais e monitoramento e avaliação de resultados. “O plano estratégico é uma iniciativa que poderá ser transformada em tecnologia para criar um método de abordagem de desenvolvimento territorial em circunstâncias semelhantes”, destaca o gerente André Spínola.