Santander: banco está buscando pequenas empresas que mudem o relacionamento entre instituições financeiras e clientes (David Ramos/Bloomberg)
Mariana Fonseca
Publicado em 8 de fevereiro de 2017 às 11h00.
Última atualização em 8 de fevereiro de 2017 às 11h00.
Sâo Paulo - O Santander é mais uma grande empresa que está de olho nas startups - e especialmente nas fintechs.
O banco espanhol anunciou esta semana que está buscando pequenas empresas que sejam capazes de transformar a forma como o mundo financeiro se relaciona com as pessoas e com outros negócios para seu mais novo programa de aceleração, chamado "Radar Santander." As inscrições podem ser feitas até 24 de março, pelo site da iniciativa.
Após essas primeiras inscrições, dez empresas serão escolhidas para participar de um evento de seleção, em 27 de abril, quando os empreendedores farão um pitch sobre seus negócios. Os cinco escolhidos vão participar do programa, entre maio e novembro. O programa não prevê a cessão de participação acionária ou contratos de exclusividade sobre a startup.
Durante esses sete meses de programa, os empreendedores terão uma jornada de trabalho personalizada de acordo com seu perfil e as necessidades do negócio.
Enquanto um mentor-padrinho da Endeavor vai apoiá-lo nos desafios internos de gestão do negócio, um executivo do Santander vai ajudá-lo a entregar seu produto ou serviço para o mercado.
Além do apoio do banco e do movimento empreendedor, um dos principais diferenciais do programa é construir pontes entre o empreendedor e o banco, afirma o Santander. A startup terá acesso facilitado à rede de clientes e à base de parceiros nacionais e internacionais do banco.
Além disso, a instituição financeira também ressalta que as empresas contarão com a rede de networking formada entre os próprios participantes: é possível ter a ajuda de quem enfrenta desafios semelhantes aos seus ao gerir a startup.
O primeiro critério de seleção para o Radar Santander é a startup ter um modelo de negócios comprovadamente inovador, com base nas respostas do mercado.
As inovações procuradas podem surgir em áreas como novos canais de relacionamento; desburocratização de processos; gestão de risco (de cobrança e recuperação de crédito até prevenção a fraudes); e processos e modelos de ofertas financeiras, usando conceitos como big data e CRM. O Santander ressalta que o negócio não deve ser, obrigatoriamente, o de uma fintech.
As startups também devem estar no momento certo para dar um grande salto de escala e se tornarem scale-ups: negócios de expansão exponencial em um curto período de tempo.