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Rio de Janeiro quer ser modelo de inovação com o selo do MIT

O programa é integrado por quatro oficinas presenciais, a primeira realizada em fevereiro, além do desenvolvimento das ideias de pesquisa


	Instituto de Tecnologia de Massachusetts
 (Gilberto Tadday/EXAME)

Instituto de Tecnologia de Massachusetts (Gilberto Tadday/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 6 de abril de 2014 às 12h22.

São Paulo - A partir deste ano, o Rio de Janeiro vai representar a América do Sul no Programa de Aceleração de Empreendedores Regionais do renomado Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), um selo com o qual pretende ser modelo em inovação.

'É a primeira vez que vemos o Brasil representar um continente com uma expectativa de um projeto tecnológico tão importante que favorecerá um 'mix' de culturas em contato com soluções inovadoras', afirmou à Agência Efe Felipe Herrera, que faz parte do grupo que conduzirá a iniciativa de dois anos de duração.

Herrera, sócio da empresa jurídica Miguel Neto e Herrera Advogados, lembrou que a primeira participação de uma região sul-americana no projeto permitirá impulsionar soluções inovadoras através do uso da tecnologia de ponta.

Nos dois anos do projeto, o programa buscará identificar dificuldades das empresas participantes da área de capacitação e inovação sob os parâmetros do selo MIT, reconhecido pela capacidade de pesquisas científicas e estatísticas em tecnologia.

Na segunda edição do programa participam, além do Rio de Janeiro, Valência (Espanha), Moscou, Seul e Londres, assim como regiões de Porto Rico, Marrocos, Catar e Cingapura.

'Com iniciativas de inovação haverá um impacto maior na economia local-regional', destacou Herrera, para quem o Rio de Janeiro se posiciona como outro 'Vale do Silício brasileiro', rótulo outorgado a Minas Gerais, recentemente destacado pela revista britânica 'The Economist' por suas 'startups' e projetos.

O 'plano estratégico inovador', ressaltou Herrera, tem o acompanhamento do centro de excelência americano e as soluções desenvolvidas poderão ser levadas a outras regiões da América do Sul.

O programa é integrado por quatro oficinas presenciais, a primeira realizada em fevereiro, além do desenvolvimento das ideias de pesquisa durante os dois anos do acompanhamento do MIT.

O grupo de trabalho é formado por representantes do setor público e privado, organizações não governamentais e universidades, que também trabalham na arrecadação de US$ 250 mil, até agosto, para financiar a continuidade do projeto, que já tem arrecadado US$ 50 mil.

Para Herrera, no Brasil ainda existe 'medo' para investir em tecnologia, apesar do avanço das 'startups' regionais.

'Empreender é errar para muitos e isso não pode ser um estigma que impeça de evoluir. O objetivo é chegar ao fim dos dois anos com um plano de ação para que o Rio de Janeiro seja modelo de um ecossistema inovador brasileiro', concluiu.

No grupo coordenador participam, além de Herrera, representantes de empresas como Gávea Angels, Confrapar, EMC, a Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro, HelpSaúde, e o subsecretário de Educação Profissional e Ensino Superior do estado do Rio, Augusto Raupp.

Na atual fase do projeto, o grupo está identificando as dificuldades e as potencialidades de cada iniciativa para apresentar ao MIT.

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