Raphael e André Miranda, irmãos e sócios da empresa Redecash (Daniela Toviansky)
Da Redação
Publicado em 22 de julho de 2011 às 06h00.
São Paulo – A ideia de criar a Redecash surgiu, em 2008, para aproveitar a demanda de quem não tinha conta corrente e precisava realizar transações, como pagar contas. Com o crescimento das classes emergentes, é cada vez mais comum ver lotéricas e supermercados atuando como correspondentes bancários.
Gestora de uma rede com mais de mil estabelecimentos, a Redecash investe agora em uma rede própria, através do sistema de franquias. “A gente pretende inaugurar 250 pontos até dezembro, chegar a 500 até o ano que vem e mil lojas em 2013”, explica Raphael Miranda, sócio da empresa.
Com uma nova normativa do Banco Central, a empresa não pode franquear a atividade de correspondente bancário, por isso, vai trabalhar em duas frentes. “Na franquia, o empresário comercializa todos os nossos produtos, como consultoria de crédito e serviços imobiliários. Para ser representante do Banco do Brasil, no entanto, temos um outro contrato de concessão”, conta.
Mesmo com a diferença contratual, Miranda garante que todos os parceiros optam pelas duas frentes de atuação. “Eles atuam como se tivessem dois negócios separados”, diz. Com a base centralizada em São Paulo, a rede vai abrir uma loja própria em cada estado do país para, então, começar a comercialização das franquias. “Os franqueados que já aderiram à rede terão prioridade para abrir novas unidades ou indicar parceiros no mesmo território”, conta.
Hoje, são 130 unidades de negócio em funcionamento. As primeiras franquias surgiram há quatro meses e, muitas, já atingiram o ponto de equilíbrio. “O custo operacional é muito baixo porque não envolve estoque. Entre aluguel e folha de pagamento, o franqueado gasta até R$ 10 mil”, completa. O faturamento de cada unidade é, em média, de R$ 50 mil.
Para investir em uma franquia da Redecash, o candidato desembolsa de R$ 60 mil a R$ 120 mil, dependendo do tamanho da cidade. O retorno do investimento da operação, que também depende da localização da loja, acontece entre 12 e 18 meses. “No próximo semestre, a prioridade é abrir mais lojas em São Paulo, tanto no centro quanto na periferia, que é o futuro do nosso negócio”, explica Miranda.