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Quer ter filhos de sucesso? Saiba o que pais empreendedores fazem

Uma pesquisa com mais de 100 empreendedores revelou como foi a infância desses donos de negócios de sucesso.

Futuro: será que pais podem aprender a educar seus filhos com base na infância dos empreendedores? (Thinkstock)

Futuro: será que pais podem aprender a educar seus filhos com base na infância dos empreendedores? (Thinkstock)

Mariana Fonseca

Mariana Fonseca

Publicado em 7 de janeiro de 2017 às 08h00.

Última atualização em 7 de janeiro de 2017 às 08h00.

São Paulo – Todos os pais querem que seus filhos sejam bem sucedidos. E, para muitos, o sinônimo de realização está naqueles que têm ideias e as fazem acontecer: os empreendedores.

Não é para menos. Um estudo americano comprovou que trabalhar por um salário no fim do mês não é a melhor maneira de acumular riqueza ao longo da vida – é melhor fazer isso por meio de negócios próprios.

Se os empreendedores entendem melhor do que ninguém sobre o caminho para o sucesso, será que pais podem aprender a educar seus filhos com base na infância desses donos de negócio?

O empreendedor Bill Murphy Jr., fundador da plataforma ProGhostwriters, acabou de virar pai e fez a si mesmo essa pergunta.

Resolveu descobrir a resposta e, para isso, ouviu o depoimento de 118 empreendedores. Depois, agrupou os depoimentos em algumas dicas principais. Para sua surpresa, 93% dos donos de negócios relataram experiências de infância parecidas. Elas podem ser resumidas em apenas uma frase: “Eu comecei cedo.”

O que os pais podem fazer para terem crianças de sucesso? Confira as dicas dos empreendedores:

1. Dê vazão aos desejos naturais da criança

A primeira dica é também a mais óbvia: quando suas crianças têm o desejo de começar algo, estimule-as. Afinal, seu filho pode acabar descobrindo que é muito bom em criar empreendimentos.

Alguns empreendedores entrevistados falam com orgulho da sua motivação interna e do seu “gene empreendedor”, que fez com que eles começassem a abrir negócios desde cedo. Já pensou no que aconteceria se os pais desses empreendedores não o deixassem fazer nada?

“Quando eu tinha uns nove ou dez anos, colava panfletos: dizia que poderia tirar o lixo das casas, fazer compras e regar plantas, por exemplo. Depois, contratei crianças mais velhas para fazer os trabalhos e cobrei uma taxa 50% por ter conseguido o trabalho”, conta Daniel Shemtob, fundador da rede de restaurantes TLT Food, que fatura 10 milhões de dólares anualmente (cerca de 30 milhões de reais). “Eu acabei conseguindo de 50 a 200 dólares por dia, o que foi incrível.”

2. Quer que ele queira ter sucesso? Dê o exemplo

Segundo Murphy Jr., um dos primeiros tipos de experiência que os empreendedores tiveram na infância foi a observação. Ou seja: eles se sentiram motivados ao, ainda pequenos, acompanharem a trajetória de outro empreendedor.

“Meu pai e minha mãe eram empreendedores. Meu pai sempre me dizia que não importava quem assinava seus cheques: ele trabalhava para si mesmo. E, quando eu comecei minha carreira, eu já tinha desenvolvida essa mentalidade: eu sabia que iria trabalhar para mim mesmo”, conta Mark Josephson, CEO da plataforma de processamento de links Bitly.

3. Faça seu filho ganhar seu próprio dinheiro

Muitos empreendedores citaram esta mesma experiência de infância: os pais os desafiavam a achar formas criativas de ganhar dinheiro.

Isso costuma acontecer quando a família passa por uma real necessidade financeira, claro.

“Eu vim do Líbano, um país de guerra e insegurança social, e isso me formou como um empreendedor. Eu notei quando estava crescendo que a comida sempre é necessária, tanto em dias de paz quanto em dias de guerra. E, por isso, resolvi empreender nesse ramo”, conta Robert Atallah, fundador da empresa de comida congelada CedarLane.

Mas, mesmo se sua família estiver bem financeiramente, continue estimulando sua criança a pensar em como poderia fazer algo por conta própria.

“Durante o ensino fundamental, eu realmente amava o NSYNC [banda de música pop]. Eu e uma amiga investimos o dinheiro do nosso aniversário em doces e lanchinhos e vendemos na escola, até termos dinheiro suficiente para comprarmos ingressos na última fileira no Pond Theather, em Anaheim [Califórnia, Estados Unidos]. Foi um dinheiro muito bem gasto”, conta a empreendedora Kasey Edwards, fundadora do aplicativo de babás sob demanda Helpr.

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