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Quer inspiração? Veja as 10 melhores histórias de empreendedorismo do ano

EXAME selecionou os casos de superação empreendedora mais vistos neste ano, da ideia milionária até a recuperação do desemprego. Confira:

Carolina da Costa, da LaPag: as histórias a seguir podem ser o incentivo que faltava para você dar mais um passo em direção a um futuro promissor (LaPag/Divulgação)

Carolina da Costa, da LaPag: as histórias a seguir podem ser o incentivo que faltava para você dar mais um passo em direção a um futuro promissor (LaPag/Divulgação)

Mariana Fonseca

Mariana Fonseca

Publicado em 21 de dezembro de 2018 às 06h00.

Última atualização em 21 de dezembro de 2018 às 06h00.

São Paulo - Conhecer histórias de quem passou por situações parecidas às suas e conseguiu criar empresas de sucesso não lhe garantirá um futuro promissor - mas pode ser o incentivo que faltava para você dar mais um passo em direção a ele.

Por isso, EXAME selecionou os casos de superação empreendedora mais vistos durante o ano de 2018. Há desde histórias de quem teve uma ideia que se provou milionária até aqueles que tiveram de se virar após decidirem ou serem forçados a largar seus empregos cotidianos.

Veja, a seguir, as 10 melhores histórias de empreendedorismo do ano para inspirá-lo a abrir uma empresa em 2019:

1 — Franqueado teve ideia milionária e virou franqueador

 

O empreendedor Deiverson Migliati, dono do Sterna Café

(Sterna Café/Divulgação)

Deiverson Migliati já entrou na idade adulta endividado. Aos 18 anos, contraiu uma dívida com o Fies para conseguir pagar a faculdade. Filho de uma família pobre – o pai era operário e a mãe dona de casa –, ele sempre teve em mente que queria “crescer na vida”.

Hoje, pode-se dizer que ele conseguiu. De estudante endividado, estágio na varejista Casas Bahia e franqueado de redes como Subway e KFC, Migliati chegou a franqueador de uma marca que faturou R$ 10 milhões em 2017. Estamos falando do Sterna Café, rede de cafés que se propõe a oferecer café especial brasileiro, além de grãos de diversos países do mundo e técnicas internacionais de preparo da bebida. Criada em 2015, a rede tem 33 unidades.

2 — Motorista de Uber se tornou empreendedor com canal no YouTube

 

O empreendedor Marlon Luz, em frente ao Ponto de Apoio Motorista Top, seu novo negócio

(Foto/Divulgação)

Em plena crise econômica, muita gente viu no Uber uma alternativa ao desemprego. Com o motorista Marlon Luz não foi diferente, mas ele foi um pouco além: fez da experiência um negócio.

Ele começou a dirigir pelo aplicativo em 2015, para ter uma segunda fonte de renda. Pouco tempo depois, porém, foi demitido da empresa de tecnologia onde trabalhava, e o que era apenas um bico se tornou sua principal ocupação.

Foi então que Luz começou a pensar em alternativas para ganhar mais dinheiro com o aplicativo. A primeira ideia surgiu de sua experiência anterior: ele trabalhava fazendo vídeos tutoriais para a Microsoft e resolveu aproveitar essa habilidade para criar um canal no YouTube sobre a vida de um motorista de aplicativo.

A estratégia deu certo. O canal Uber do Marlon tem hoje 300 mil inscritos – o vídeo de maior sucesso, “Quanto ganha um motorista Uber?”, teve quase 800 mil visualizações.

3 — Como o Bullguer inova no mercado de hamburguerias

 

Bullguer

Bullguer (Bullguer/Divulgação)

O chef Thiago Koch tem uma carreira de mais de quinze anos na gastronomia. O paulistano liderou as cozinhas de restaurantes como Beato, Le Vin e Epice. Mas há três anos deixou as bancadas alheias para tocar seu próprio negócio.

Ao lado de dois sócios, ele abriu o Bullguer, rede de hamburguerias. Mas, ao contrário da maioria das marcas do segmento, o empreendimento de Thiago não é gourmet. Ele se encaixa no conceito de fast casual, que une bons ingredientes e receitas autorais a preços baixos.

4 — Ele criou um negócio. Em três anos, vendeu-o por R$ 14 milhões

 

Alfredo Soares, da Xtech Commerce

(Xtech Commerce/Divulgação)

Quando o designer, marqueteiro e publicitário Alfredo Soares começou a empreender, ele não imaginava que teria uma startup de comércio eletrônicoe muito menos um negócio de 14 milhões de reais.

Em 2014, Soares teve de escolher se mantinha um negócio rentável de marketing na internet ou se apostava na tendência de plataformas padronizadas para lojas virtuais. Optou pela segunda alternativa.

O setor já estava povoado de empresas nacionais e internacionais de peso, mas o empreendedor decidiu trazer seus conhecimentos em marketing para a jogada – e fez isso sem pedir nenhum investimento externo para sustentar o crescimento da empresa, prática conhecida no mundo empreendedor como bootstrapping.

Após três anos de altos e baixos, o risco valeu a pena. Seu negócio, chamado Xtech Commerce, anunciou ter sido comprado pela gigante de software VTEX por cifras milionárias. A startup prevê que seus e-commerces hospedados transacionem 600 milhões de reais 2018.

5 — Advogado se mudou para Miami pelo filho e administra US$ 80 milhões

 

Daniel Toledo (Loyalty Miami) e o filho, Raphael

(Loyalty Miami/Divulgação)

Empreender nos Estados Unidos, para muitos, é chance de crescimento profissional próprio – mas, no caso de Daniel Toledo, a futura carreira do filho de poucos anos de idade também falou alto. O advogado especializado em imigração aos Estados Unidos uniu a oportunidade de ficar mais perto da realidade americana com as habilidades de basquete de seu filho. Mudou-se, então, para a cidade de Miami.

A união com sócios locais e a aposta no digital fez seu escritório, chamado Loyalty Miami, crescer. Apenas no primeiro semestre deste ano, a arrecadação para projetos foi de 80 milhões de dólares.

6 — Como ela transformou brigadeiros na solução do maior problema dos salões

 

Marcelo Terreiro Prado e Carolina da Costa, da LaPag

(LaPag/Divulgação)

As ideias de negócio, muitas vezes, escondem-se debaixo dos nossos narizes – ou, no caso da estudante Carolina da Costa, debaixo das unhas. Ela queria se tornar empreendedora e começou a pensar como consumidora dos salões de beleza. Mas foi apenas quando olhou do outro lado do balcão que percebeu uma bela oportunidade de negócio.

Costa só tinha como experiência de trabalho a empresa júnior do Insper, com nenhum dinheiro guardado no banco. Por isso, decidiu transformar seus populares brigadeiros em uma fonte temporária de renda. Cozinhava de noite e vendia no dia seguinte, na sala de aula. Em dois meses, obteve quatro mil reais para abrir a empresa, comprar um domínio e estabelecer o primeiro contato com fornecedores.

Foi o primeiro funding do seu novo negócio, chamado LaPag: uma startup que aposta no nicho para bater maquininhas de gigantes como Cielo, PagSeguro e Rede. O negócio ainda é pequeno, com 100 clientes na carteira, mas já atraiu os olhos de investidores como Renato Freitas, um dos fundadores do aplicativo de mobilidade 99 – o primeiro unicórnio brasileiro.

7 — Eles abriram um site com 30 reais. Hoje, faturam R$ 2 milhões

 

Manuela Bordasch, Arthur Chini e Catharina Dieterich, do Steal The Look

(Luiza Ferraz/Steal the Look/Divulgação)

Engana-se quem pensa que é preciso investir grandes quantias para abrir uma empresa. Com tantas ferramentas gratuitas e acordos fechados de forma virtual, ter sua própria empresa pode sair o preço de uma pizza.

Foi o caso dos empreendedores e amigos Arthur Chini, Catharina Dieterich e Manuela Bordasch: os três estudantes se uniram para abrir o próprio site com apenas 30 reais – o necessário para comprar o domínio.

O Steal The Look começou como um blog de moda, lá em 2012. Porém, uma estratégia acertada fez com que o projeto ganhasse o coração das marcas e crescesse. Cinco anos depois, o Steal The Look é site e marketplace – e pretende faturar 3,5 milhões de reais em 2017.

8 — Demitido aos 56 anos, ele quis empreender. Hoje, fatura R$ 15 milhões

 

O empreendedor Luis Belentani, que tem uma rede com faturamento de R$ 15 milhões

(Tia Sô Minidelícias/Divulgação)

Perder o emprego nunca é fácil, ainda mais quando a idade avança e o desafio para se recolocar no mercado se multiplica. Pois foi nessa situação que Luis Belentani se viu há cerca de quatro anos, quando foi demitido da empresa onde trabalhava como gerente comercial.

Porém, ele soube fazer dos limões uma bela limonada. Aproveitou a rescisão para colocar um antigo sonho de pé: montar um empreendimento próprio no ramo da alimentação. “Quando recebi a notícia da demissão já pensei logo em abrir o meu negócio. É mais difícil para quem tem mais idade conseguir um serviço, então pensei: ‘agora é a hora’”, lembra o empreendedor.

Nascia assim a Tia Sô Minidelícias, uma loja de salgadinhos que virou rede de franquias e já fatura 15 milhões de reais. O negócio começou em São José do Rio Preto (SP) e hoje está em seis estados pelo país, com 61 unidades.

9 — Cansada de tirar xerox, ela largou o estágio para faturar milhões

 

A empreendedora Poliana Ferraz, dona da Super Estágios

(Wagner Vieira/Super Estágios/Divulgação)

Poliana Ferraz tinha 16 anos quando iniciou sua primeira faculdade, em Relações Internacionais. Pouco tempo depois, começou a estudar também Direito. Porém, tanto numa faculdade quanto na outra, ela teve dificuldade em encontrar estágios que de fato a ajudassem a aprender mais sobre suas áreas de estudo.

“Em Relações Internacionais era difícil encontrar algo, e quando encontrava, o trabalho não tinha nada a ver com o que eu estudava. Já nos estágios de Direito, em vez de aprender algo, eu ficava tirando xerox, atendia telefone, fazia serviços de office boy. Era muito frustrante”, lembra.

Logo Ferraz descobriu que ela não era a única com esse problema – e então a frustração se tornou uma ideia de negócio. Foi o começo da Super Estágios, empresa que conecta empresas, estudantes e instituições de ensino e que faturou 30 milhões de reais em 2016.

10 — Ela largou o emprego pela maternidade. Seu negócio já faturou R$ 18 milhões

 

Vanessa de Oliveira, fundadora da Mídia Pane

(Mídia Pane/Divulgação)

Ser mãe ou crescer na empresa? Essa foi a difícil pergunta que Vanessa de Oliveira teve de responder em 2010, quando teve de escolher entre continuar em uma empresa terceirizada de gasodutos ou acompanhar o crescimento de sua filha.

O caso de Oliveira não é isolado. Infelizmente, muitas companhias ainda seguem uma mentalidade de que não é possível dar flexibilidade de trabalho para quem possui filhos. Com a maioria da responsabilidade pela criação das crianças sendo jogada para as mães, muitas mulheres têm de abandonar seus empregos.

Nessa triste história, porém, há um raio de luz. Cada vez mais elas ainda querem continuar a ter independência financeira – e veem o empreendedorismo como solução. Segundo pesquisa da Rede Mulher Empreendedora, 75% de 1.376 mulheres entrevistadas decidem empreender após se tornarem mães. Existem hoje cerca de 7,9 milhões de empreendedoras no país, de acordo com o Sebrae.

Oliveira, uma dessas mães, decidiu criar o próprio negócio. A Mídia Pane, empresa de publicidades em sacos de pão, faturou 18 milhões de reais em 2017. A empreendedora tem um salário cinco vezes maior do que quando era funcionária – e não voltaria atrás por nada.

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